O Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal elegeu, na tarde de ontem (7), a nova composição da Mesa Diretora da Casa para o segundo biênio da atual legislatura. Com tudo muito bem e estrategicamente amarrado e com anuência da unanimidade dos parlamentares presentes à sessão. Nada mudou para os atuais membros do colegiado, a não ser a criação de duas novas cadeiras: as recém-criadas 2ª Vice-Presidência, abrindo vaga para a deputada Paula Belmonte, e a Quarta-Secretaria que marca o retorno de Robério Negreiros à direção da CLDF.
Apesar da tentativa de manter um clima de tranquilidade, o presidente, agora reeleito, Wellington Luiz, assumiu em declaração à coluna Grande Angular, do Portal Metrópoles, que a antecipação da eleição foi adotada para garantir um contexto “mais confortável e sem influências externas”, deixando claro que a decisão de adiantar as eleições foi estrategicamente tomada no sentido de evitar surpresas por parte de possíveis “adversários”, garantindo a reeleição.
Reestruturação da Mesa Diretora
A criação da 2ª Vice-Presidência e da Quarta-Secretaria da CLDF fazem parte do projeto de Reestruturação da Mesa Diretora proposto pelo PR 37/2024, de autoria da própria Mesa, aprovado pelos parlamentares em maio. Com a nova formação, além da redistribuição das unidades administrativas da Casa, surge a necessidade da criação de novas estruturas de gabinetes para os novos membros, serão 18 novos cargos, com um custo anual de mais de 3,5 milhões anuais.
Composição da Mesa Diretora para 2025 e 2026
Presidente: Wellington Luiz (MDB)
Vice-presidente: Ricardo Vale (PT)
Segunda vice-presidente: Paula Belmonte (Cidadania)
Primeiro-secretário: Pastor Daniel de Castro (PP) | Suplente: Pepa (PP)
Segundo-secretário: Roosevelt Vilela (PL) | Suplente: Doutora Jane (MDB)
Terceiro-secretário: Martins Machado (Republicanos) | Suplente: Eduardo Pedrosa (União Brasil)
Quarto-secretário: Robério Negreiros (PSD) | Suplente: Jorge Viana (PSD)
Corregedor: Joaquim Roriz Neto (PL)
Ouvidor: Jorge Vianna (PSD)
É realmente encantador ver como a “Casa do Povo” demonstra sua versão peculiar de democracia: um ambiente onde decisões são tomadas em consenso absoluto, desde que todos concordem com a liderança já estabelecida. Afinal, nada diz “representação democrática” como a criação de novos cargos a um custo exorbitante, enquanto se garante que não haja nenhuma interferência externa para perturbar a serenidade dos nossos nobres parlamentares. Que bela aula de democracia!
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Cris Oliveira
