Escolher uma vice-governadora mulher no DF parece a minissérie famosa da Rede Globo: As Noivas de Copacabana. As candidatas são importantes, mas nem sempre podem ser a noiva de uma aliança na majoritária. Com isso são encaminhadas para um certo tipo de abate eleitoral, e o que era um casamento partidário acaba em assassinato político. Mais uma legislatura começará com poucas mulheres no poder e nas chapas majoritárias, já que as propícias candidatas a núpcias governamental foram abatidas em partidos que não oferecem dotes.
Quando a aliança é salutar e vem da Nacional, como o caso do PSB com o PSDB (que não é de hoje), o clube do Bolinha pira. Conselheiros políticos de plantão não aceitam.
Pois bem, temos poucas mulheres na política e no DF quase não temos opções, verdade seja dita. Mas quando foi para escolher uma figura de vice para a chapa do passado, valeu o conhecimento de Renato Santana na Ceilândia e o tempo de TV da admirável noiva da época, o PSD. Chapa pronta, ganhou a eleição, mas não deu lua de mel. PSB e PSD fizeram um mandato de intrigas e descontentamentos.
No caso exposto, a noiva para o cargo de vice na chapa majoritária do DF foi do sexo masculino. E o cargo tem servido apenas para custear luxo e intrigas. O que é até divertido, mas custa caro ao bolso do contribuinte morto de pagar tanto imposto.
O que compõem uma aliança partidária para majoritária são interesses, tempo de TV e agora a boa quantia do fundo partidário público que tirou o dinheiro do contribuinte, da saúde e também da educação, ou seja, os grandes partidos comandam o casamento eleitoral de interesses e benesses.
Para 2018 esperamos que os partidos comecem a pensar em nomes que possam somar como vice em chapas majoritárias, sejam elas de qualquer partido, já que a grana do fundo partidário público saiu do bolso do povo. Como sempre porém, agora é na forma da Lei.
Cris Oliveira