No cenário empreendedor brasileiro, a discriminação de gênero ainda se apresenta como um desafio significativo, limitando o crescimento das mulheres no mundo dos negócios. A pesquisa “Empreendedorismo Feminino”, conduzida pelo Sebrae, revelou que mais de 40% das empreendedoras já sofreram ou conhecem mulheres vítimas de discriminação. Estes dados alarmantes ressaltam a urgência de ações efetivas para combater o problema.

 

Neste contexto, Janine Brito, presidente do Lide Mulher Brasília, destaca-se como uma voz influente na luta contra a discriminação de gênero no empreendedorismo. Suas palavras inspiradoras ecoam como um chamado à ação e à resistência diante das adversidades. Segundo ela, não desistir é o primeiro passo. “Se a mulher encontrar dificuldade em um local, mude de estratégia, analise o cenário e passe a buscar seus objetivos em outro local, mas não esmoreça. Siga persistindo até alcançar o que precisa”, defende.

 

A pesquisa do Sebrae também revela que 42% das empreendedoras brasileiras presenciaram situações de preconceito contra outras mulheres donas de negócio; e 25% já enfrentaram diretamente atitudes discriminatórias. As disparidades geográficas são notáveis, com a região Sul liderando com 47% de mulheres identificando atitudes preconceituosas, seguida pelo Nordeste e Centro-Oeste (42%), Norte (41%) e Sudeste (39%). Estados como Amapá (56%), Paraná (53%), e Rio Grande do Norte (51%) se destacam nas estatísticas preocupantes.

 

A discriminação no mercado de trabalho, especialmente em cargos de liderança, continua sendo uma barreira significativa. Empresas lideradas por mulheres também enfrentam obstáculos, sendo frequentemente preteridas quando se trata de linhas de crédito bancário. As instituições financeiras, muitas vezes, impõem requisitos mais rigorosos às empreendedoras, perpetuando desigualdades no acesso a recursos fundamentais.

 

Janine ressalta que a informação e o networking são armas poderosas no combate à discriminação de gênero. “Nunca dependa de ninguém e não fique refém de somente uma solução, pois nada é único nesta vida, a não ser Deus. Abra um leque de opções viáveis, trabalhe com expectativas e não com devaneios. Há grande diferença entre o que é factível e o que é ideal. Não se alcança o sucesso profissional do dia para a noite. Tudo requer planejamento e muita dedicação para que o resultado seja o melhor e mais sonhado. Foco é a palavra de ordem”, afirma.

 

Portanto, o combate à discriminação de gênero no empreendedorismo exige não apenas conscientização, mas também ações concretas. O apoio a iniciativas lideradas por mulheres, a promoção da equidade nas oportunidades de financiamento e a construção de redes sólidas são passos fundamentais para transformar o cenário e proporcionar um ambiente mais inclusivo e igualitário para as empreendedoras brasileiras.

 

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