O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou a transferência para a Justiça da Paraíba dos processos envolvendo a empresa Vai de Bet e a Balada Eventos e Produções, de Gusttavo Lima, no âmbito da Operação Integration. A operação investiga uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em um esquema de lavagem de dinheiro ligado a jogos de azar.

A mesma operação resultou na prisão da advogada e influenciadora Deolane Bezerra no início de setembro.

O g1 e a TV Globo tiveram acesso ao documento do MPPE, assinado por cinco promotores pernambucanos, que indica o indiciamento de 22 pessoas no inquérito policial. Entre os citados está Nivaldo Batista Lima, nome de batismo de Gusttavo Lima, mencionado no processo como “terceiro interessado”, e não como parte investigada, enquanto sua empresa, Balada Eventos e Produções, aparece como investigada.

O indiciamento ocorre quando a polícia identifica indícios de crime. O delegado encaminha o caso ao Ministério Público, que pode apresentar denúncia à Justiça se entender que há provas suficientes.

Na manifestação, os promotores citam Gusttavo Lima por ser o proprietário da Balada Eventos e Produções, que possuía um jato Cessna Aircraft comprado pela Vai de Bet, empresa de José André da Rocha Neto. O documento ainda menciona que o mesmo avião foi anteriormente adquirido por Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte e um dos investigados.

Em setembro, o jato foi apreendido e R$ 20 milhões foram bloqueados nas contas da Balada Eventos. Na ocasião, Gusttavo Lima afirmou que não tem “nada a ver com o jato” e considerou “loucura” a inclusão de sua empresa na investigação por lavagem de dinheiro.

Redação