O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, descreveu a atual situação na cidade como o evento mais trágico de sua história, ultrapassando a capacidade de resposta local. Canoas, com quase 348 mil habitantes na região metropolitana de Porto Alegre (RS), enfrenta graves inundações.
Com mais de 50 mil moradores em áreas de risco, a prefeitura está instruindo os habitantes do lado oeste da cidade a evacuar suas residências e buscar abrigo em locais mais seguros e elevados dentro do município.
Esta recomendação afeta os moradores dos bairros Niterói, Mathias Velho, Fátima, Harmonia, Central Park, Cinco Colônias, São Luís, Rio Branco, Vila Cerne, Santo Operário e Mato Grande. O aumento significativo do volume de água dos rios dos Sinos e Jacuí, proveniente da região da Serra Gaúcha e do centro do estado, desaguando no Guaíba, está causando alagamentos generalizados e sérios prejuízos.
O prefeito Jairo Jorge explicou durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais da prefeitura que a água avançou rapidamente, resultando na necessidade de evacuar todo o lado oeste da cidade. A prefeitura está organizando a disponibilidade de ônibus para o transporte dos moradores.
A maioria da cidade está sem energia elétrica e água, com a rede de telecomunicações oscilando, dificultando as comunicações, inclusive para autoridades e equipes de resgate. Apenas duas das oito casas de bombas do sistema de drenagem municipal estão operacionais, o que é crucial para evitar alagamentos em períodos de chuvas intensas.
O Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), localizado no bairro Mathias Velho, foi completamente evacuado devido às inundações. O resgate dos pacientes foi auxiliado por militares do Exército e servidores da Defesa Civil municipal.
Ontem, a UPA Rio Branco foi fechada por causa da elevação do nível da água e da falta de energia elétrica. Os casos de emergência estão sendo direcionados para o Hospital Nossa Senhora das Graças.
O governador Eduardo Leite também alertou sobre a gravidade da situação, destacando a necessidade crucial de os residentes deixarem áreas de risco ao menor sinal de perigo.