Começa hoje a CPI no Senado 

A terça-feira (04) será agitada no Senado Federal com o início da Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) que vai investigar se ocorreu omissão ou negligência por parte do Governo Bolsonaro. A falta de testagem e barreiras sanitárias no início da pandemia serão, com certeza, lembradas pelos senadores.

Três ex-ministros da Saúde serão ouvidos

O senado começa a ouvir os ministros que passaram pelo Ministério da Saúde durante a pandemia da COVID-19. Hoje será ouvido o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, que deixou o governo Bolsonaro por não concordar com a compra de remédios sem eficácia como a cloroquina, e recomendou o distanciamento social. O ex- ministro se baseava na ciência e no seguimento das regras sanitárias, determinadas pela Organização Mundial da Saúde. Ao deixar o Ministério, Mandetta acusou o presidente Bolsonaro de virar as costas e negligenciar a pandemia. O atual ministro da Saúde Marcelo Queiroga também será ouvido.

Constrangimentos entre Mandetta e Bolsonaro foram constantes

O ex- ministro Mandetta conseguiu ficar dois meses no cargo. Ficou conhecido por atualizar, orientar e prevenir  a população a respeito do uso de máscaras e lutou pelo isolamento social, instalou a quarentena. Tentou instruir o presidente que apenas se incomodou com o crescimento do ex-ministro, que é médico, mas também é político. Enquanto Henrique Mandetta pregava as regras da OMS, o presidente fazia questão de negligenciar as regras, que foram pautadas várias vezes pela imprensa. A história nos mostra quem estava certo e quem continua errando em relação a negligenciar a pandemia.

Ex-ministro Pazuello é o mais esperado na CPI

O ex-ministro Eduardo Pazuello foi o que mais tempo ficou no cargo durante a pandemia e por isso seu depoimento na CPI é o mais esperado. Pazuello irá depor na quarta-feira (05).

 

400 mil mortos por COVID e políticos tentam explicar políticos na véspera do ano eleitoral

Na guerra do cabo de aço, o Palácio do Planalto e o Congresso tentam se livrar da culpa da má gestão durante a pandemia e da omissão da falta de vacina, que ainda causa medo e incerteza ao povo brasileiro. O Planalto tenta levantar na CPI, a prestação de contas dos recursos enviados para os Estados e Municípios durante a pandemia. Senadores do Centrão ligados à base do Governo Bolsonaro, querem a aprovação dos requerimentos enviados, mas o presidente da CPI, senador Renan Calheiros, promete focar as investigações no Governo Bolsonaro.

Esquadrão do Palácio do Planalto tenta colocar fogo no Senado

Na guerra para provar quem ajudou na omissão que gerou o caos da pandemia no Brasil, o Palácio do Planalto tenta tirar o foco da CPI, jogando para os governadores o que poderá aliviar a barra do presidente. Requerimentos enviados para CPI ainda dependem de aprovação para serem incluídos na investigação, solicitam investigações dos recursos federais independente de inelegibilidade nas compras realizadas.

Armazenamento da segunda dose da vacina é obrigatório

O STF determinou que os estados que não guardarem a segunda dose de vacina podem responder por atraso na investigação. A determinação é que todos os governadores guarde a segunda dose das vacinas, para não perder a eficácia da primeira dose.

 

Cris Oliveira