Quase um ano e meio após os atos golpistas que envergonharam o país em 8 de Janeiro de 2023, a Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (20) Marcelo Fernandes Lima, um dos protagonistas daquela cena que se tornou símbolo da tentativa de ataque à democracia brasileira.

Condenado a 17 anos de prisão, Marcelo aparece em imagens que correram o Brasil: em pé sobre a escultura “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal, enrolado na bandeira do Brasil e empunhando uma réplica da Constituição de 1988 — exatamente o exemplar furtado do salão branco do STF durante a invasão.

A cena é emblemática. Um homem que se diz patriota, mas rouba a Constituição. Que se diz defensor do Brasil, mas agride as instituições que sustentam a República. Sua prisão agora não é apenas o cumprimento de uma sentença — é uma resposta do Estado de Direito àqueles que tentaram rasgá-lo.

O caso de Marcelo é apenas um entre centenas de processos abertos desde os ataques. E serve como lembrete: democracia se defende com justiça, não com atos de violência travestidos de “manifestação”.

Cris Oliveira