CELINA E VALERIO NEVES

(Foto reprodução internet)

Parece que a 28ª fase da Operação Lava Jato mexeu com a paz dos parlamentares da CLDF. Nesta quarta não teve quórum e a sessão foi encerrada pelos seis deputados presentes na casa. No cafezinho e em toda a casa, o clima era tenso e a nuvem da discórdia de uma provável delação premiada de Gim Argelo ronda a casa com nuvens sombrias.

 

Mas a tristeza espelhada era mesmo pela prisão do ex-secretário geral da casa, o indicado de Celina Leão, Valério Neves, que também foi preso na Operação Lava Jato e irá depor com os demais na República de Curitiba. Valério era o articulador da presidente da casa Celina Leão (PPS) e, segundo fontes, participou de muitas articulações na casa e de momentos de negociações: um deles, o mais recente, foi à mudança na lei da reeleição, que passou o mandato do presidente de 02 anos para 04 anos. Sempre ligado à vida pública de políticos como Arruda, Roriz e Luiz Estevão, existe o temor de alguns com a prisão do mestre político.

 

Valério tinha ligação direta com a empresa UCT que repassava a propina de acordo com a indicação do ex-senador Gim Argelo para os partidos da coligação. Mas uma pergunta que não quer calar e anda pelos corredores dos bastidores da política: se Celina Leão estava na coligação adversária de Gim, por que levou Valério como Secretário Geral da Casa?  Outra questão que surpreendeu a todos foi que a exoneração de Valério Neves Campos no Diário da casa. Saiu a PEDIDO? Ah, como assim?

 

Para quem milita na política do DF, a figura de Valério Neves é conhecida e todos sabem que a ligação com a Leoa é da época de Roriz. O que nos deixa pensativos é que Valério já está condenado por improbidade administrativa. Parece que a Leoa é mesmo do tipo “amiga até o fim”. A prova disso foram suas palavras que deixaram as portas abertas, caso Valério queira voltar após cumprir a prisão de 5 dias na operação Lava Jato.

 

Mas para os eleitores de Brasília fica a certeza de que alguns deputados se elegeram com o dinheiro da propina recolhida por Gim na CPI da Petrobras. Se eles sabiam ou não, o dinheiro foi usado para elegê-los. O cenário Político do DF aguarda com ansiedade a delação do ex senador Gim Argelo.

 

Cris Oliveira