A forte seca no Amazonas agora afeta a todos os 62 municÃpios do estado, segundo o boletim divulgado pela Defesa Civil estadual desta quinta-feira (26). São 60 os municÃpios que estão em situação de emergência, sendo que Presidente Figueiredo e ApuÃ, antes em situação de normalidade, agora se encontram em estado de atenção.  Até o momento, 608 mil pessoas e 152 mil famÃlias foram afetadas pela seca deste ano.Â
Segundo o boletim, no perÃodo de janeiro deste ano até 25 de outubro foram registrados 18.170 focos de calor no estado, dos quais 2,5 mil na região metropolitana de Manaus. Somente em outubro, até o momento, foram 3.368 focos de calor, mais do que o dobro do mesmo perÃodo do ano passado, quando foram registrados 1.335 focos de calor.
A Defesa Civil disse ainda que, no perÃodo de 12 de julho a 25 de outubro, o Corpo de Bombeiros combateu 2.482 incêndios, dos quais 710 em Manaus e 1.772 no interior do estado.
Na capital, Manaus, a seca é a pior registrada em 121 anos. A cota do Rio Negro nesta sexta-feira se manteve em 12,7m, a menor já registrada desde 1902, quando começaram as medições do volume do rio. O recorde de alta já medida foi 30,02 metros em 16 de junho de 2021.
O cenário ocorre no momento em que se intensifica o fenômeno El Niño, caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alÃsios (que sopram de leste para oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano PacÃfico. Essas mudanças na interação entre a superfÃcie oceânica e a baixa atmosfera ocorrem em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos e têm consequências no clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica das massas de ar no Oceano PacÃfico adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.
Fonte: Agência Brasil