A demência é uma condição que cresce de forma preocupante no Brasil. Primeiramente, é importante entender a dimensão do problema: segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1,8 milhão de pessoas com 60 anos ou mais já convivem com algum tipo de demência, o que representa pouco mais de 8% da população idosa. Além disso, a projeção é que esse número alcance 5,7 milhões até 2050.
Entre os diagnósticos, a Doença de Alzheimer é a mais prevalente. De fato, mais da metade dos casos está ligada a ela, com 1,2 milhão de brasileiros atualmente diagnosticados e cerca de 100 mil novos casos todos os anos.
“Esses números revelam uma crise silenciosa, que exige políticas públicas consistentes, diagnóstico precoce e um olhar multidisciplinar para o cuidado”, afirma o Dr. Diogo Haddad, head do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Avanços nos tratamentos
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado no acesso a medicamentos já consolidados e na chegada de novas terapias. Por exemplo, entre os fármacos disponíveis, destacam-se:
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Inibidores da colinesterase (donepezila, rivastigmina e galantamina), indicados para fases leves e moderadas;
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Memantina, utilizada em casos moderados a graves.
Esses medicamentos ajudam a estabilizar sintomas e melhorar a qualidade de vida. Além disso, surgem no cenário internacional terapias inovadoras, como os anticorpos monoclonais anti-amiloide (lecanemabe e aducanumabe), que já demonstram capacidade de retardar a progressão da doença.
“Estamos entrando em uma era em que o tratamento deixa de ser apenas sintomático e passa a oferecer a perspectiva de modificar o curso da doença”, reforça o Dr. Haddad.
Mitos e verdades sobre Alzheimer e doenças de memória
Apesar disso, muitos mitos ainda confundem pacientes e familiares. Portanto, é essencial separar crenças populares de informações científicas.
🔹 Mitos
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Demência é só problema de memória: na realidade, também afeta linguagem, humor, julgamento e personalidade.
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Boa memória na juventude protege contra Alzheimer: contudo, o estilo de vida e a saúde vascular ao longo dos anos são determinantes.
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Se minha mãe teve Alzheimer, eu também terei: embora exista predisposição genética, não há herança direta em todos os casos.
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Esquecer nomes e senhas é sinal da doença: esses esquecimentos cotidianos são normais; o alerta é quando afetam a rotina.
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Evitar açúcar ou glúten previne Alzheimer: não existe comprovação científica.
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Remédios para circulação ou memória garantem prevenção: em resumo, não há comprimido único que evite demências.
🔹 Verdades
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As alterações começam muito antes dos sintomas: em outras palavras, elas podem surgir até 20 anos antes dos sinais claros.
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Distúrbios do sono aumentam o risco: por exemplo, apneia e insônia crônica são fatores relevantes.
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Isolamento social é tão perigoso quanto o sedentarismo: as relações sociais funcionam como exercício para o cérebro.
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Coração e cérebro estão conectados: portanto, cuidar da saúde cardiovascular é também cuidar da memória.
O papel do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Por fim, é essencial destacar a atuação do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, referência em alta complexidade e confiabilidade, com 127 anos de história. Certificado pela Joint Commission International (JCI), o hospital oferece um modelo assistencial que coloca o paciente e sua família no centro do cuidado.
Assim, seu protagonismo é sustentado por três pilares estratégicos: Saúde Privada, Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital e Sustentabilidade e Responsabilidade Social.
📌 Saiba mais em: Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Site Oficial