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Adiada nesta última quarta feira (26) no Congresso Nacional, a votação do Projeto que altera a meta fiscal para 2014. O texto, que é de interesse do governo, foi adiado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- AL) por falta de quórum e transferido para a próxima terça (O2). A abertura da Sessão começou com os ânimos um pouco alterados e a gritaria e bate boca foram destaques no Plenário.

Para a análise do Projeto de Lei, que autoriza o governo a descumprir o superávit primário, seriam necessários, no mínimo, 257 deputados e 41 senadores, o que não acorreu. O superávit primário é o dinheiro que “sobra” nas contas do governo, depois de pagar as despesas sem incluir os juros da dívida pública.

O governo enviou o Projeto para votação no Congresso, com a justificativa de ajustar as metas fiscais diante do “fraco” resultado das contas públicas. Alegou também, o fato de 2014 ter sido um ano eleitoral e, com isso, mais gastos gerados.

Renan tentou segurar a votação por mais de uma hora, mas foi pressionado a seguir com as outras pautas. Há os que dizem que essa falta de quórum já era esperada, já que a matéria é considerada prioritária para o governo, porém, nada “bem vista” pela oposição.

O barraco

O adiamento da votação não foi o alvo dos “holofotes” na Sessão Plenária de ontem . Na abertura o senador, Renan Calheiros e o Líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho, protagonizaram um famoso “barraco”. Mendonça discursava na Tribuna quando seu microfone foi cortado por Calheiros e a palavra passada para outro parlamentar. O líder do DEM não deixou “barato” e continuou seu discurso com o microfone cortado e com os ânimos alterados. O deputado gritou em alto e bom tom que: “Renan Calheiros era a vergonha do Congresso”, o presidente o rebateu e disse que: “aquela postura não era permitida pela democracia” e finalizou com um “ Vossa Excelência, cale-se! ”.

O democrata se dirigiu até a mesa diretora e sem nenhum constrangimento, ou “diplomacia parlamentar”, colocou seu dedo em frente ao presidente dizendo que “ele não o mandava se calar”. O “alvoroço” ganhou uma proporção maior, quando vários deputados se manifestaram em favor de Mendonça Filho.

Mais calmo, o presidente desculpou-se pelo ocorrido e solicitou que dessem prosseguimento aos trabalhos.

Em entrevista aos jornalistas, Mendonça Filho disse que se aproximou de Calheiros para dizer que: “Ninguém o mandava calar a boca e que estava ali, pela vontade do povo de Pernambuco não por ele ”.

É como dizem… “barracos, também acontecem nas melhores famílias”.

Fonte Danielle Sobreira
Política Nacional\Blog da Cris