O técnico Luiz Felipe Scolari, da seleção brasileira, criticou o gramado do estádio Mané Garrincha, que custou R$ 1,2 bilhão, ao elogiar as instalações do Corpo de Bombeiros de Brasília após a vitória por 3X0 sobre o Japão, na estreia da Copa das Confederações, neste sábado.

“Gostaria de dizer que as instalações do Corpo de Bombeiros são maravilhosas. Qualquer seleção que quiser utilizar, ficará muito bem acomodada. Não sei se o campo dos Bombeiros não estava melhor do que o do Mané Garrincha”, disse em entrevista coletiva.

O treinador também aprovou o comportamento da torcida na capital federal e espera a mesma reação dos torcedores de Fortaleza, diante do México, na próxima quarta-feira, às 16h.

“Podem falar que sou patriota ou demagogo, não ligo. O que me importa é que, quando a torcida canta o hino como fez hoje [sábado], o adversário fica com medo. Eu tenho certeza que teremos uma recepção maravilhosa em Fortaleza”, afirmou.

Ricardo Nogueira/Folhapress
Felipão pisca durante jogo entre Brasil e Japão, em Brasília, pela Copa das Confederações
Felipão pisca durante jogo entre Brasil e Japão, em Brasília, pela Copa das Confederações

Felipão mostrou preocupação com o México, mas ressaltou a vitória contra o Japão. “É uma pedra no nosso sapato que precisamos tirar logo. Temos problemas com eles nos últimos dez anos. O bom é que a vitória de hoje nos dá a tranquilidade, pois, se perdemos o próximo jogo, ainda poderemos disputar a vaga”, analisou.

O técnico disse que a seleção evoluiu e elogiou a movimentação de Fred. “Ele não fica parado entre os zagueiros e não só faz gols. Ele deu uma assistência para o Neymar hoje e, no domingo, fez a jogada do gol do Oscar. Por isso, ele é muito útil”, destacou.

Ele também descartou uma nova ‘família Scolari’, porém falou que o ambiente está melhor do que há 15 dias. “Podemos fazer outras colocações. Podemos dizer que é um grupo muito amigo, mas família Scolari ficou para trás. Eles estão fazendo um ambiente melhor”, declarou.

Questionado sobre as respostas idênticas de seus jogadores sobre assuntos táticos, Felipão negou que faça uma cartilha.

“Não vejo todas as entrevistas porque não tenho tempo. Há muitas funções dentro uma concentração. É uma coincidência. É difícil organizar alguma coisa fora do que já é planejado”, concluiu.

FONTE: Estadão