TSE decidiu que candidato está inelegível, mas ele ainda pode recorrer.
Para Fux, aparição de Arruda no horário eleitoral do DF confunde eleitor.
Arruda será candidato ao governo do Distrito Federal
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux defendeu nesta quarta-feira (27) que o candidato ao governo do Distrito Federal José Roberto Arruda, que tenta obter aval para manter a candidatura, seja impedido de prosseguir em campanha eleitoral.
Para o ministro, que também integra o Supremo Tribunal Federal (STF), a permanência de Arruda no horário eleitoral no rádio e na televisão, torna a decisão do TSE, que considerou o ex-governador do DF inelegível, um “faz de conta” e pode “confundir” o eleitor
Para que Arruda seja impedido de participar das propagandas no rádio e na televisão antes do julgamento dos recursos, o Ministério Público Eleitoral teria de pedir. A Procuradoria Eleitoral do Distrito Federal informou que aguardará o trânsito em julgado do processo (ou seja, no momento em que não houver mais possibildade de recurso), antes de pedir a suspensão do tempo de propaganda. Para o MP local, o ex-governador tem direito de permanecer na disputa até o fim do processo.
“Para que apresentar um candidato que está inelegível? Fica parecendo uma decisão de faz de conta. As decisões têm que ter efetividade. O povo não vai entender como um candidato inelegível tem acesso ao horário gratuito”, disse o ministro em conversa com jornalistas.
Na madrugada desta quarta, o plenário do TSE manteve, por seis votos a um, decisão que barrou a candidatura de Arruda. O ex-governador poderá apresentar recurso ao próprio TSE e também recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Até uma decisão final da Justiça, ele pode continuar em campanha.
O ministro Fux considera que a decisão do TSE tornou Arruda inelegível e mesmo que “em tese” exista possibilidade de recurso judicial, a manutenção da campanha seria “por conta e risco” do candidato. “Ele é inelegível. Tudo o que fizer é por conta e risco dele”, declarou Fux

Fonte: G1 Globo