Millena Lopes
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Entre os que concorrem a deputado federal, seis, dos nove, estão em dia com a Justiça Eleitoral
Apenas nove das 19 coligações ou partidos que pleiteiam vagas na Câmara Legislativa do DF obedecem ao critério que devem preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo (Lei 9.504/1997). Entre os que concorrem a deputado federal, seis, dos nove, estão em dia com a Justiça Eleitoral. As outras três precisam regularizar o problema, sob pena de terem todas as candidaturas da coligação cassadas.
“Acho que, dessa vez, vai ser diferente”, diz Emerson Masullo, cientista político e especialista em direito eleitoral. Para ele, a presença das mulheres em todos os aspectos sociais é uma realidade que deve ser observada pelos partidos. “Se você observar as estatísticas, a maioria dos estudantes de nível superior é de mulheres. Nas classes C e D, a maior parte dos chefes de família é mulher. É uma realidade que os partidos devem se adaptar”, afirma Masullo.
“Os que não forem pelo amor, irão pela dor”, continua o especialista. “Eu acho que a Justiça Eleitoral não pode ser complacente, como alguns partidos imaginam. Tem de ser mais enérgica”, diz ele, em referência à grande quantidade de coligações irregulares no DF. “O movimento político partidário ainda não percebeu que a figura feminina é necessária para o cenário político e traz credibilidade maior que a (figura) masculina”, justifica. Segundo ele, as mulheres contam com uma imagem melhor, quando trata-se de honestidade e compromisso.
Sem identificar quais são, o Tribunal Regional Eleitoral-DF (TRE-DF) informou que algumas coligações já foram notificadas a resolver o problema. Caso não cumpram a ordem do Tribunal, os partidos serão julgados por descumprir a determinação da lei eleitoral e podem ter indeferidos os registros de toda a coligação.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília