O PMDB conta com três pré-candidatos ao governo de Goiás: Iris Rezende, o favorito, e, como segunda e terceira via, Júnior do Friboi e Samuel Belchior. Se dependesse da maioria dos candidatos a deputado estadual e federal, Friboi seria, disparado, o candidato a governador. Motivo: acena com muito dinheiro para bancar dezenas de candidaturas. Alguns dos candidatos garantem que Iris, quando disputa eleição, não comparece com dinheiro, ou pelo menos não na quantidade suficiente, para as campanhas proporcionais. Comenta-se que, na campanha para prefeito em 2012, Friboi teria gastado cerca de 70 milhões de reais financiando candidatos de vários partidos. Ele próprio nunca confirmou isto. Iris, embora “desprezado” por alguns aliados, que pretendem trocar sua “história” por “dinheiro” farto, é apontado como o nome “do” diretório. Friboi acredita ter o controle do partido, mas, na verdade, é como um Trotski intelectualmente subnutrido: pensa que manda, porque está “financiando” alguns peemedebistas, quando o controle, quase absoluto, é mesmo de Iris.

Diante da crise entre Iris e Friboi, que é mais grave do que especulam os jornais — e, vale dizer, a crise não é fomentada pelo governador Marconi Perillo, que a assiste de longe, impassível —, há a possibilidade de um tertius no PMDB. Belchior é apontado como o “novo”, mas falta-lhe o que será muito questionado na disputa de 2014: experiência administrativa. O tertius tem de ser visto, portanto, como gestor. O PMDB tem este nome?

Segundo um peemedebista “erado” e “graúdo”, o PMDB tem um nome alternativo, consistente tanto como político quanto como gestor. Trata-se do prefeito de Aparecida de Goiânia, Ma­guito Vilela, que governou o Estado entre 1995 e 1998, após derrotar Lúcia Vânia e Ronaldo Caiado, nas eleições de 1994. Por ser um líder político às vezes hesitante, cabe a pergunta: Maguito quer disputar?

O peemedebista não explicita sua posição e prefere dizer que a discussão de nomes deve ficar para 2014. Mas, sim, pode ser o candidato a governador — se for o nome de consenso. Curio­samente, é o “candidato” que ninguém veta. Iris não tem restrições ao seu aliado histórico, sempre fiel. O PT, dado o apoio decidido do peemedebista à presidente Dilma Rousseff, nos piores momentos, o apoiaria. Friboi também subiria no seu palanque sem pestanejar. Um dos principais apoiadores de Friboi é o deputado federal Leandro Vilela, sobrinho de Maguito.

Maguito é o tipo de político que não põe a faca no pescoço de seus aliados. Entretanto, embora às vezes passe a imagem de que é hesitante, aprecia correr riscos e é mais decidido do que se pensa. Não será surpresa se, conseguindo aglutinar a aliança PMDB-PT, aparecer como candidato a governador de Goiás em 2014.

Fonte: Jornal Opção