Arruda deve ficar isolado em sua campanha ao Buriti

Parece que o cenário político para corrida ao Buriti começou a ser definido com a chapa formada por Arruda (PR) e Liliane Roriz (PRTB), anunciada oficialmente no último dia 13.

Antes da constituição dessa aliança, o que se tinha, eram muitas especulações e boatos sobre quem poderia ou não concorrer a uma vaga majoritária.

No páreo, vários nomes surgiam e junto a eles, muitas dúvidas. Mesmo condenado pela Justiça Eleitoral, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi adiante e selou de forma contundente sua candidatura.

Na política, em especial na corrida ao Buriti, não é segredo para ninguém que o apoio do candidato à presidência sempre foi um aditivo para quem pretende concorrer ao governo. Ter ajuda de um presidenciável pode fazer toda diferença na hora de decidir quem irá governar o DF.

Nesse contexto, o eleitor do DF poderá ver se repetindo nas eleições deste ano, o mesmo que aconteceu no pleito de 2010, quando o então governador Joaquim Roriz, recebeu um “não” do então candidato à Presidência da República, José Serra, após oferecer seu palanque ao candidato do PSDB à Presidência.

De acordo com o que já foi dito e amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, José Roberto Arruda não terá nenhum palanque de candidato à Presidência da Republica abrilhantando sua campanha eleitoral. Ele ficará isolado, o que poderá acarretar em uma perda substancial nas urnas.

A situação do ex-governador poderá ficar pior, pois existem fortes indícios de que ele sofra alguma condenação em segundo grau e fique fora, de uma vez por todas, das eleições.

Mesmo num eventual segundo turno, Arruda não terá apoio de nenhuma estrutura federal. Nesse sentido, até o senador Cristovam Buarque já disse que optará por candidaturas consideradas mais à esquerda.

Em síntese, o cenário ficará da seguinte forma:

O senador Randolfo (PSOL), que possivelmente se candidatará a presidência, deverá apoiar Toninho do PSOL na corrida ao Buriti. A presidente Dilma (PT) continuará com o mesmo propósito de reeleger Agnelo Queiroz (PT). Pelo PSDB, Aécio Neves fará palanque com Luiz Pitiman(PSDB).

No caso de Eliana Pedrosa (PPS) o cenário anda dividido. A candidata ao Buriti poderá ter em seu palanque o apoio de Aécio Neves, ou Eduardo Campos. Isso tudo será definido após confirmar as alianças que seu partido irá compor nos próximos dias.

Arruda, no PR, verá o seu partido apoiando o nome da candidata Dilma, sem que esta tenha coragem nem disposição de passar perto do seu nome, muitíssimo “queimado”.

No PRTB, o ex-governador Roriz não deverá ter palanque federal.
Por Jean Marcio Soares

Da Redação
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