Foram comprados mil ingressos e 18 camarotes por R$ 2,8 milhões.

Ex-presidente da Terracap diz que aquisição não teve irregularidade.

Estádio Nacional de Brasília pronto para receber abertura da Copa das Confederações no próximo sábado26)  (Foto: Káthia Mello/G1 DF)Estádio Nacional de Brasília, onde foi realizada a partida de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão (Foto: Káthia Mello/G1 DF)

O Ministério Público do Distrito Federal entrou nesta segunda-feira (11) com uma ação civil contra o ex-presidente da Terracap Antônio Carlos Rebouças Lins e contra o secretário extraordinário da Copa 2014 (Secopa), Francisco Cláudio Monteiro, pela compra, sem licitação, de ingressos para o jogo de abertura da Copa das Confederações. As entradas custaram R$ 2,8 milhões.

O ex-presidente da Terracap disse que cumpriu o que foi determinado pelo governo, que é sócio majoritário da empresa. “A Terracap fez um convênio com a Secretaria de Comunicação, que determinou através do Conselho de Administração. Eu só fiz cumprir”, afirmou Lins.

Segundo ele, não houve nada de ilegal na aquisição das entradas. “Isso obviamente será explicado, aliás, já até foram dadas explicações”, disse.

G1 procurou a Secopa e a Secretaria de Comunicação para comentar o assunto, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.

De acordo com a ação da promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), Lins e Monteiro foram responsáveis pela aquisição de mil ingressos e 18 lugares no camarote do Estádio Mané Garrincha para o jogo entre Brasil e Japão, ocorrida em 15 de junho último.

Para os promotores, “claramente houve liberação e utilização de verba pública da Terracap, sem observância das normas pertinentes, que no caso não autorizava a despesa como foi feita e a houve a influência para a aplicação irregular da verba pública”.

Caso seja julgada procedente a ação, os suspeitos terão de devolver o valor dos ingressos aos cofres públicos e ainda podem perder o cargo, pagar multa, ter suspensos os direitos políticos e ser impedidos de firmar contrato com o poder público.

Fonte: G1 DF