Deu certo. Foi só aparecer em inserções no horário da propaganda eleitoral gratuita na TV e rádio para a deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS) dar um grande salto na corrida ao Palácio do Buriti. Quando vivia à sombra dos outros candidatos em pesquisas eleitorais, a parlamentar figurava como uma terceira ou até quarta opção na mente do eleitor brasiliense.

Embora sem fundamentos científicos comprovados, mas com uma quantidade participativa muito maior comparada a pesquisas tradicionais, uma enquete de Notibras justifica a alavancada de Eliana. A pergunta era a seguinte: Dos virtuais candidatos ao Palácio do Buriti, em quem você votaria se a eleição fosse hoje?

Foram quase sete mil votos em cinco dias de pesquisa – da sexta-feira 30 a quarta-feira 4. Desse universo, a distrital, que antes da propaganda política do PPS registrava uma oscilação entre terceiro e quarto lugar, chegou ao final da enquete na primeira colocação na preferência dos internautas com 30% da preferência (2.124 votos).

Alguns aliados próximos acreditam que os comerciais partidários turbinaram a imagem da deputada, que ficou impregnada na memória de quem votou. A Direção de Redação de Notibras optou por retirar a enquete do ar antes do prazo previsto (seria o sábado 7) para evitar influenciar o eleitor.

Respeitados os números da enquete de Notibras, se as eleições fossem hoje, certamente haveria um segundo turno e o governador Agnelo Queiroz estaria fora dele. O petista ficou em terceiro lugar na pesquisa com 24%, o que corresponde a 1 mil 688. Entre Agnelo e Eliana está o senador do PSB, Rodrigo Rollemberg, com 25% (1 mil 744 votos).

Alijado do seu cargo de chefe do Executivo após a explodir a Caixa de Pandora o ex-governador José Roberto Arruda ficou com 15% da preferência dos internautas, ocupando a beirinha do pódio eleitoral, onde só cabem, numa chapa majoritária, três candidatos.

O eterno candidato Toninho do PSOL e o deputado federal Luiz Pitiman (PSDB), fecharam a lista dos menos lembrados na enquete, com 237 e 163 votos, oscilando entre 2 e quatro por cento.

A indicação dos candidatos declarados para a disputa da cadeira do Buriti mostrou total isenção na enquete. No meio político, uma pesquisa tem por objetivo dar uma base para que se determine a real vontade do povo. Pode ser o tiro de misericórdia nas pretensões eleitorais, como pode desfibrilar e ressuscitar quem estava na cova política.

– Uma pesquisa como essa ajuda o próprio eleitor e internauta a conhecer o cenário político previamente montado para uma eventual eleição – outubro, no caso, lembram analistas políticos. E há quem ressalte que quando se faz uma enquete, se estimula a pessoa a conhecer os postulantes, o que pretendem fazer ou o que já fizeram como políticos.

 

 

Elton Santos – Notibras