O ministro Aloísio Mercadante comunicou ao vice-presidente Michel Temer que com a recusa do senador Eunício Oliveira em aceitar o Ministério da Integração Nacional a presidente Dilma havia dado como encerradas as negociações com o partido sobre a reforma ministerial. E disse mais: o Ministério do Turismo irá para o PTB e não haverá mais nenhuma mudança na Esplanada. Essa informação ampliou a grave crise na relação do PMDB com o Planalto. Diante disso, após dar a ordem para que fosse comunicado a Temer o fim dos entendimentos com o PMDB sofre reforma ministerial, a presidente Dilma viajou para o exterior. Ciente da crise, o ministro Aloísio Mercadante convocou uma reunião de emergência em seu gabinete no Planalto. Lá estavam o presidente do Senado, Renan Calheiros, e retirado de sua casa onde participava de uma festa de aniversário na noite de quinta passada, o líder do PMDB, Eunício Oliveira.

Aloísio Mercadante e Renan Calheiros pressionaram novamente Eunício a aceitar o ministério da Integração como quer a presidente Dilma. Eunício insistiu no não. É candidato ao Governo do Ceará, e conta com quase a unanimidade da solidariedade do PMDB para se manter fiel ao seu sonho de ser eleito governador.

Acendendo a luz amarela

Na alta cúpula do PMDB esse posicionamento autoritário da presidente Dilma está sendo muito mal recebido. Nem os moderados Temer e Renan têm como não dar razão aos rebeldes liderados pelo líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha. No Senado, Roberto Requião fala em propor a instalação de uma CPI na Petrobras. Dilma avisou ao PMDB: ela não recuará. Pagará para ver se os peemedebistas têm coragem de enfrentá-la. Agora, é acompanhar os passos sobre essa queda de braço.