A imagem negativa do DFtrans vai muito além das denúncias contra o diretor-geral do órgão, Marco Antonio Campanella, que em novembro do ano passado, foi convocado pela Comissão de Fiscalização da Câmara Legislativa, para explicar pesados acusações contra ele, que vão desde influência política excessiva dentro da autarquia até fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica.

O que muitas pessoas não sabem, é que o Diretor de Tecnologia da Informação do órgão, Expedito Afonso Veloso, é um dos envolvidos no caso conhecido como o escândalo dos ‘aloprados.

A frente do cargo aproximadamente dois anos, a nomeação de Expedito Afonso, além de ser uma afronta à população, é uma vergonha para atual administração do GDF. Uma vez que, como diretor de TI do DFtrans, Expedito é responsável em realizar todas as licitações da área de TI.

Para se ter uma ideia,  só em 2014 a Diretoria de Tecnologia da Informação do DFtrans irá movimentar ao menos, 4 licitações nesse setor, movimento aproximadamente  4 milhões.

De acordo com a reportagem, publicada na revista Veja, em julho de 2012, Expedito Afonso foi expulso do PT, mas escapou do indiciamento da PF. Durante interrogatório, revelou detalhes do caso em conversas gravadas, o que levou a Ministério Público a desengavetar o caso. Em junho do mesmo ano, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Federal no Mato Grosso contra Expedito e mais oito pessoas envolvidas na elaboração do dossiê fajuto. Eles responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e operação fraudulenta de câmbio.

Na época em que a operação foi deflagrada pela PF, Expedito Afonso Veloso, exercia a função de diretor de gestão de riscos do Banco do Brasil.

Entenda o caso

No dia 15 de setembro de 2006, a apenas duas semanas do primeiro turno das eleições, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo ao tentar comprar um dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando diminuir a importância do episódio, afirmou que aquilo era obra de “um bando de aloprados”, expressão pela qual o caso é lembrado até hoje.

Foram presos em flagrante Valdebran Padilha que tinha US$ 109.800 mil e mais R$ 758 mil em dinheiro e Gedimar Passos, com US$ 139 mil e mais de R$ 400 mil em dinheiro. Ao todo, os dois tinham R$ 1,7 milhão. Valdebran era empresário e havia sido tesoureiro do PT em Mato Grosso em 2004. Gedimar, havia sido agente da PF e se apresentava como advogado do PT. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê envolvendo Serra, ex-ministro da Saúde, no escândalo da Máfia dos Sanguessugas. O dossiê, que se revelou ser falso, seria vendido pelos empresários Darci Vedoin e seu filho, Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa Planam, pivô do escândalo das sanguessugas.

 

Fonte: Guardian Noticias\Por Jean Marcio Soares

 

Da Redação

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