A Comissão de Segurança da Câmara Legislativa aprovou no início da tarde desta terça-feira (11), em sua primeira reunião ordinária do ano, três requerimentos apresentados pelo deputado Patrício (PT), convocando para prestarem depoimento na Casa os comandantes Anderson Castro, da Polícia Militar, e Júlio dos Santos, do Corpo de Bombeiros, além do corregedor da PM, Civaldo de Jesus. Os depoimentos foram marcados para a próxima terça-feira (18), às 10h, ainda sem local definido.
Patrício, que não integra a CS mas fez questão de acompanhar a reunião de hoje, justificou a convocação dos três comandantes da área de segurança pública defendendo que “eles precisam explicar à sociedade a prisão arbitrária dos policiais militares que foram recolhidos à Papuda”. Também presente à reunião, o deputado Aylton Gomes (PR) voltou a criticar a prisão dos policiais e bombeiros. “Eles exerceram apenas o direito de livre manifestação”, ressaltou.
Os requerimentos  foram aprovados de forma unânime pelos três distritais da comissão que participaram da reunião desta terça: Paulo Roriz (PP), Joe Valle (PDT) e Liliane Roriz (PRTB).
Ainda no encontro de hoje foram confirmados os nomes de Paulo Roriz e Chico Vigilante (PT) como presidente e vice do colegiado, respectivamente. Além disso, os deputados aprovaram o cronograma das reuniões para este ano.
Zildenor Ferreira Dourado – Coordenadoria de Comunicação Social – CLDF
 
NOTA TRISTE:  Mais um policial foi preso em virtude de publicações em redes sociais. Trata-se do CB PM Marcelo Santos.
Antes de sua prisão, o CB Marcelo deixou uma mensagem em sua página no Facebook com o seguinte teor:
“Prezados amigos concurseiros,

Como muitos sabem, integro o quadro da Polícia Militar do Distrito Federal, e nessa terça-feira, dia 11 de março, estarei me apresentando à Corregedoria do citado órgão.

Foi decretada a minha prisão preventiva por 30 dias pelo comando da corporação, após eu ter publicado no Facebook um banner com o slogan “Estudar, passar e ir embora sem olhar para trás!”, direcionado aos então recém aprovados no concurso para soldados. Na publicação, afirmei que existiam cargos melhores no serviço público, e que tais cargos, em instituições que valorizavam mais a pessoa do que o cargo propriamente ocupado, estavam ao alcance de todos – bastava estudar.

Todavia, a Polícia Militar interpretou a postagem como crime militar, por entender que seu teor configurava incitamento à indisciplina e publicação indevida, culminando na acusação que ganhou viés judicial.

Já foi impetrado o devido Habeas Corpus, e esperarei a decisão da juíza, na esperança de que o equívoco seja esclarecido e eu possa voltar ao convívio social normal.

Agradeço muito ao apoio daqueles que estiveram ao meu lado nesse tempo todo, e às orações em meu favor (ainda preciso muito delas).

Estarei “offline” por alguns dias.

Fiquem com Deus!”
Fonte: Blog Ten Boliglota