gasolina

O governo reeleito de Dilma Rousseff nem deixou a poeira baixar. Dois dias após a confirmação de mais quatro anos sob o comando do PT, o Bano Central elevou a taxa de juros; nesta quinta-feira 6, a Petrobras, com um rombo no caixa supostamente criado por um esquema de corrupção, reajustou o preço da gasolina em 3% e o óleo diesel em 5%.

Na véspera, mais duas notícias incômodas. A tarifa de energia elétrica vai ter um aumento médio de 17%. E a miséria absoluta do brasileiro, que caiu nos últimos anos, voltou a crescer.

É estranho como tudo isso não aconteceu há uma semana. Talvez por medo de perder a disputa eleitoral para o candidato Aécio Neves (PSDB), essas notícias com sabor salgado ficaram na gaveta. Porque, disso ninguém duvida, tivesse o eleitor essas informações na véspera da decisão eleitoral, o resultado seria outro.

O reajuste de 3 por cento nos preços da gasolina e de 5 por cento do diesel nas refinarias, a partir da 0h de sexta-feira, foi considerado pequeno frente às necessidades da estatal e às perdas acumuladas no ano, mas que elimina a defasagem de preços em relação aos valores externos.

O reajuste era amplamente esperado pelo mercado e deve dar algum alívio para o caixa da Petrobras. Teme-se, porém, que haverá mais pressão sobre a inflação, que já está rondando acima do teto da meta do governo em 12 meses.

O novo aumento já está sendo repassado pelos postos, que não tiveram nenhuma compensação tributária simultaneamente, como aconteceu no passado.

Este é o primeiro aumento dos combustíveis desde novembro de 2013, quando a gasolina subiu 4 por cento e o diesel 8 por cento. E foi anunciado após a Petrobras ter indicado em notas ao mercado, na terça e na quarta-feira, que não havia decisão quanto ao aumento de preços.

Fonte: José Seabra