Considerada uma das maiores invenções da modernidade, a fotografia está por todos os lados. Mãe do cinema, a arte de capturar momentos está intimamente ligada aos registros mais memoráveis da humanidade – a chegada à Lua, o início e o fim de guerras, a documentação de toda fauna e flora conhecida do planeta.
Hoje, 8 de janeiro – Dia Nacional do Fotógrafo –, 195 anos após o primeiro registro fotográfico, a fotografia está presente em todos os lugares, ao alcance de todas as pessoas. Ela impulsiona as redes sociais, eterniza momentos especiais do cotidiano e está presente em todos os espaços, com centenas de milhões de cliques feitos ao dia.
Confira alguns trabalhos de fotógrafos da Agência Brasil:
Na Agência Brasil, o trabalho de fotografia supera 30 anos de atividades. Entre registros históricos da política nacional e momentos marcantes da vida da sociedade brasileira, o núcleo de fotografia da agência acumula diversos prêmios e conta com uma ampla equipe de profissionais reconhecidos, entre eles estava Gervásio Batista, ícone do fotojornalismo brasileiro falecido em 2019. É um dos maiores acervos públicos de fotos sem restrição de uso do Brasil, com mais de 138 mil imagens digitais e centenas de milhares em processo de arquivamento.
“A fotografia, na essência, é realidade. No caso do fotojornalismo, como é praticado na Agência Brasil, passamos a informação [fotográfica] da forma mais isenta possível para o nosso público. A fotografia é usada de várias maneiras e também pode ser usada para desinformar. Temos todo cuidado para trabalhar sempre o momento sem edição, sem alteração, para reportar para o nosso público”, afirma Marcelo Camargo, fotógrafo da Agência Brasil.
Entre as coberturas de destaque de Marcelo, que integra a Coordenação de Fotografia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) desde 2012, estão os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em 2015. “Tive contato com povos e culturas do mundo inteiro – de indígenas da Finlândia a povos da Mongólia. Esse trabalho foi muito especial”, relata.
Paixão pela fotografia
Profissionais ou amadores, os fotógrafos têm em comum o amor e o respeito pelas cores, formas e movimentos que são capturados em um milésimo de segundo.
Wanezza Soares da Silva se tornou fotógrafa em poucas horas. Durante a comemoração de Natal de 1995, em visita à casa do irmão, que é fotojornalista, viu-se em meio a uma das maiores rebeliões já registradas em um presídio próximo, no interior de São Paulo. Resolveu auxiliar o trabalho de documentar o acontecimento.
“Foi uma adrenalina total. Eu queimei os primeiros filmes, obviamente. Ele [meu irmão] me ensinou o básico e ia me ajudando. Logo peguei o jeito. Nunca tinha tido experiência com computadores e fiquei responsável por transmitir as lâminas das fotos para a sede do jornal. Eu adorei aquela adrenalina toda”, relata com entusiasmo.
Após a oportunidade informal de ajudar o irmão, Wanezza foi chamada para assumir uma vaga de uma auxiliar de fotografia. Dedicada e talentosa, logo foi chamada para ocupar posições fixas em grandes jornais do estado. Entre mudanças de veículos e experiências em publicidade e jornalismo, Wanezza se viu apaixonada pelo mundo da fotografia e imersa em uma profissão por acaso.
“A fotografia mudou o ruma da minha vida. Eu queria ser professora! De repente, com esse contato que começou em uma visita à casa do meu irmão, tudo mudou”, relata.
“Eu tinha uma pastinha em que eu guardava os recortes de fotos de jornal de grandes nomes. Foi algo que começou sem pensar, eu nunca pensei se conseguiria ter alguma renda com aquela paixão. Eu simplesmente pensei que queria viver disso”, disse Wanezza.
Fotografia no Brasil
O protótipo do que viria a ser a primeira câmera fotográfica se chamava daguerreótipo. O aparelho foi inventado por Louis Jacques Mandé Daguérre, que propôs uma apresentação pública da câmera para a Academia de Ciências da França em 19 de agosto de 1839 – data que marca o Dia Mundial da Fotografia.
No Brasil, a fotografia foi introduzida pelo monge Louis Comptè, que trouxe um exemplar do daguerreótipo como presente para D. Pedro II, que mais tarde seria conhecido como “o 1º fotógrafo brasileiro”. Desde então, a fotografia brasileira ganhou visibilidade no cenário mundial e continua a conquistar corações.
Fonte: Agência Brasil