O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) baixou hoje (2) uma regra para impedir que juÃzes façam manifestações públicas nas redes sociais e na imprensa contra o sistema eletrônico de votação. As regras terão validade para todo o perÃodo eleitoral e permanecerão depois das eleições.
Conforme o Provimento 135 da corregedoria do CNJ, também ficam vedadas aos magistrados a associação da imagem pessoal ou profissional a pessoas públicas, veÃculos de comunicação, páginas na internet, podcasts, empresas e organizações sociais que “colaborem para deterioração da credibilidade dos sistemas judicial e eleitoral brasileiros ou que fomentem a desconfiança social acerca da Justiça, segurança e transparências das eleições”.
Os juÃzes terão até 20 de setembro para ajustarem suas redes sociais antes de serem atingidos pela restrição. O descumprimento levará à abertura de processo disciplinar.Â
Uso educativo
Contudo, a norma libera os juÃzes para “uso educativo das redes sociais e canais de comunicação” para promoção dos direitos polÃticos e da confiança na integridade do sistema de votação.Â
“Os magistrados, investidos ou não em função eleitoral, devem manter conduta irrepreensÃvel em sua vida pública e privada e adotar postura especialmente voltada a estimular a confiança social acerca da idoneidade, credibilidade do processo eleitoral brasileiro e da fundamentalidade das instituições judiciárias”, diz a norma.Â
Julgamento
O provimento também determina a criação de juÃzos para julgar crimes violentos com motivação partidária.Â
No texto, o crime foi definido como toda conduta praticada com violência moral ou fÃsica que tenha como motivação questões polÃticas, intolerância ideológica e inconformismo com os valores do Estado democrático de direito e relacionados à legitimidade das eleições, à liberdade de expressão e à posse dos eleitos.Â
O documento é assinado pelo corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, que tomou posse na terça-feira (30).Â
Mais cedo, Salomão e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, assinaram um acordo de cooperação para reprimir condutas que possam causar perturbações ao processo eleitoral.
Fonte: Agência Brasil