Em 21 de março de 1989, quando ainda era aluno do Curso de Formação de Soldado no 2º Batalhão de Polícia de Choque, o antigo chefe da turma foi convocado para auxiliar naquele que seria o primeiro grave acidente da história do aeroporto de Guarulhos. Sérgio Ricardo de Villas Bôas foi um dos policiais a ajudar no resgate do acidente que causou a morte de 25 pessoas e deixou mais de 200 feridos. Hoje, o subtenente Villas Bôas é conhecido como zero um, o praça mais antigo da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), que completa 192 anos nesta sexta-feira (15).
Com quase 35 anos de atuação na instituição, Sérgio compõe o Corpo Musical da Polícia Militar. Um dos mais respeitados na unidade em que trabalha, o subtenente acredita que o sucesso da PM está nas pessoas que fizeram e fazem parte dela ao longo destes 192 anos. Apesar da tradição e legado da corporação, para o praça mais antigo da PM em atuação, as mudanças ao longo do tempo são perceptíveis. “A evolução é totalmente positiva. Eu entendo que hoje a Polícia está mais humanitária e próxima da população. O próprio Corpo Musical tem o poder de sensibilizar e aproximar as pessoas dentro e fora da instituição”, citou Villas Bôas.
O subtenente destacou como momento mais marcante da carreira o último dia 6, em que foi realizado o concerto musical da PMESP em homenagem aos 192 anos da instituição. “Pela primeira vez na história, um praça regeu a Banda Sinfônica da Polícia Militar”, citou Sérgio ao relatar a emoção em ter sido o primeiro policial não oficial a liderar a orquestra da PM.
Como conselho aos mais novos membros PM, Villas Bôas afirma que ser policial é uma vocação. “Não é por salário, não é por status, é vocação. É dar as nossas vidas, nossa alma para as pessoas. Muitas vezes queremos provar que somos heróis, mas não se preocupem, você já é um herói por ser Policial Militar”.
Quando questionado pelo motivo de não se aposentar, Sérgio responde: “Eu não me vejo ainda fora, eu me sinto bem onde estou e amo isso aqui. Meu coração sangra quando penso que vou embora. Então, de verdade, a Polícia Militar e o Corpo Musical é a minha vida”, finalizou.
Polícia Militar em 2023
Somente de janeiro a outubro de 2023, a PM recebeu 21 milhões de chamadas do 190; Ao todo, 154 toneladas de drogas foram apreendidas em todo Estado; 71 mil pessoas foram presas e apreendidas; 5 mil armas foram retiradas das ruas e 37 mil veículos foram recuperados. Estes foram alguns dos resultados apresentados pela PM desde o começo do ano.
“A Polícia Militar é minha família. Devo tudo à instituição e tenho muito orgulho em pertencer. Os resultados apresentados por nossos policiais impressionam e mostram que estamos no caminho certo. Ainda há muito o que avançar, mas tenho certeza que com a recomposição do efetivo, deixaremos um belo legado na história da PM”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Ao parabenizar os serviços prestados, o comandante geral da PMESP, coronel Cássio Araújo de Freitas deixa sua gratidão. “Todo este trabalho realizado, que é determinante à qualidade de vida das pessoas, acontece graças ao empenho de cada policial militar, em todo o estado, que trabalham diuturnamente durante os 365 dias do ano. A todos os integrantes desta imensa Instituição a qual eu tenho o orgulho e a honra de comandar, policiais que fazem acontecer em todo o Estado, independente de quaisquer circunstâncias e dificuldades, simplesmente pelo amor à causa pública, fica aqui meu eterno agradecimento”, finalizou.
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