Mais de dez bugios-ruivos (Alouatta guariba clamitans) foram reintroduzidos ao habitat natural, após serem imunizados contra o vírus da Febre Amarela. A ação foi realizada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo.
Os bugios-ruivos são primatas nativos da Mata Atlântica e uma das 25 espécies mais ameaçadas de extinção do mundo. A reintrodução ao habitat natural pelo Programa de Manejo Populacional (PMP), estava paralisada desde 2017 devido a um surto de febre amarela no Estado.
Esses animais não transmitem a doença para os seres humanos, inclusive, muitos morrem quando infectados. Por esse motivo, os primatas foram tratados e mantidos em cativeiro até que fosse seguro reintroduzi-los à natureza. Durante o período, foi possível acompanhar o nascimento de cinco filhotes.
“Estamos extremamente felizes com a reintrodução desse grupo de bugios no Parque Estadual da Cantareira. Esses animais foram resgatados no período da febre amarela e agora voltam para sua casa”, afirma diretor da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz.
“Medidas desse tipo, que envolvem a atuação de diversos órgãos, Prefeitura, Instituto de Pesquisa Ambiental, Fundação Florestal, são extremamente relevantes para recomposição populacional da espécie no estado de São Paulo. Agora, nosso foco está no monitoramento conjunto desses animais, assegurando as melhores condições para sal readaptação”, explica.
Os bugios-ruivos são monitorados por rádio colares com GPS e pelo acompanhamento visual constante realizado pela equipe técnica envolvida na ação.
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