Na última quinta-feira (5), representantes da sociedade civil, acadêmicos, de associações setoriais e do mercado debateram pontos do Plano Estadual de Energia (PEE), lançado em maio. O foco do último dos quatro encontros programados foi o cenário atual paulista e o roteiro a ser seguido, que prevê alcançar 49,1% a menos em emissões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (Mtco2e).
“A previsão do cronograma é a de colocar o plano em consulta pública como próxima etapa”, afirmou a subsecretária de Energia e Mineração, Marisa Barros. Passada essa fase, espera-se que as aplicações sejam colocadas em prática no primeiro semestre de 2024.
“Esse diálogo não se exaure aqui. Continuamos conversando, debatendo. Na consulta pública, todos os agentes econômicos, entidades representativas do setor e demais interessados terão oportunidade de contribuir efetivamente sobre o documento final”, comentou.
A comparação é entre a continuidade dos parâmetros do cenário de referência, que é a atualidade, e o de mitigação, previsto para 2050. O workshop trouxe destaque para as ações ligadas aos transportes, setor responsável por 44,67% das emissões absolutas de Mt CO2 em São Paulo, segundo dados estimados em 2021.
Até 2050, o plano de mitigação prevê que se aumente em 94% a produção de energia no Estado. Desta forma, a importação de energia cairia de 58%, no cenário atual, para 45%. A dependência de hidrelétrica cairia de 33% para 28%, com a inserção e expansão de diferentes modais: termelétrico de biomassa (de 8% para 21%), fotovoltaico (de 1% para 5%) e eólico (de 0% para 1%).
Para 2050, espera-se que o uso de eletricidade no transporte rodoviário pule de 0,02 TWh, estimados em 2022, para 33,67 TWh (1 TWh corresponde a 1 bilhão de Kilowatts). Neste momento, de acordo com os dados levantados no workshop, o modal ferroviário de passageiros, com trens de subúrbio e metrô, domina um cenário do uso de energia elétrica no setor – projeta-se um aumento de 0,08 TWh para 1,48 TWh.
Ainda para todo o setor de transportes, usando o cenário de 2022 como referência, destaca-se a redução de 41% esperada, até 2050, da parcela de diesel de petróleo no mix de combustíveis. Também a eletrificação da frota de ônibus urbano com papel relevante na descarbonização e diminuição de 99% da gasolina C nos transportes leves.
Para a transição da frota de caminhões, ônibus e locomotivas de carga, espera-se que a demanda de biometano chegue a 1,5 bilhões m³. Outra medida é inserir a participação do hidrogênio de maneira complementar no transporte rodoviário.
Para rever o 3º workshop do Plano Estadual de Energia 2050, acesse aqui: https://www.youtube.com/watch?v=4oZVLzx6HEY&t=9000s
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