O Governo de São Paulo, por meio da Defesa Civil estadual, promoveu neste sábado (28) um simulado de abandono de área de risco na Vila Sahy, em São Sebastião, no Litoral Norte. Ao todo, cerca de 700 pessoas participaram da atividade, sendo 300 moradores da comunidade e outros 400 agentes estaduais e municipais.
Feito em parceria com a Defesa Civil de São Sebastião e de outros municípios da região, o evento simulou a ocorrência de deslizamento de terra, com vítimas de soterramento. A Vila Say foi um dos pontos mais atingidos pelos temporais de fevereiro.
“O que a gente passou não foi fácil, eu gostei muito dessa simulação para ajudar a entender como proceder nesses casos”, afirmou a educadora Fabíola Cristina Serafim dos Santos, de 27 anos
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O secretário estadual da Gerência de Apoio do Litoral Norte de São Paulo, André Porto, acompanhou o simulado e elogiou a iniciativa.
“O simulado tem uma importância imensa, porque nós estamos deixando a população mais resiliente, mais informada sobre as rotas de fuga, de procedimentos e como identificar um momento próximo a um evento extremo, para que elas possam ser acolhidas antes de algum corrimento de lama ou de material de construção”, disse.
Outra moradora da Vila Sahy que participou do evento foi a autônoma Patricia Xavier da Silva, de 33 anos. No dia do temporal, ela conta que a água chegou a entrar na casa dela. “Qualquer chuvinha que dá, a gente já fica assustado. Então é muito importante esse simulado, porque ajuda a gente a se conscientizar, para gente ter noção que passamos por uma grande tragédia”, afirmou.
Antes do simulado, a Defesa Civil do Estado distribuiu cerca de 650 cartilhas com orientações sobre como proceder em situações de inundações ou deslizamentos. O material foi produzido pelo Governo de São Paulo, com o objetivo de dar mais subsídios à população local sobre o tema.
A major Claudia Benin, diretora estadual de proteção da Defesa Civil estadual, explica que o objetivo é treinar os moradores sobre medidas de prevenção. “É importante que, nas suas próprias casas, eles já identifiquem alguma rachadura ou olhem uma árvore e vejam que ela está inclinada. São sinais que nos ajudam a salvar a vida das pessoas”, afirma.
Para a atividade, também foram montados dormitórios adaptados na escola municipal Henrique Tavares e oferecidos serviços à população como apoio psicológico, além de outros servidos na área da saúde e desenvolvimento social.
Todo o cenário do simulado foi montado para a pronta resposta das equipes, que atuam no pós-desastre, na orientação da comunidade sobre rotas de fuga e no direcionamento para um local de ponto de encontro. Tudo para que os moradores saibam como se comportar e agir durante uma tragédia.
“Com certeza São Sebastião já entendeu a importância dessa preparação e vai replicar em outras áreas do município. O estado, sem dúvida, fará o mesmo. Nós temos hoje aqui a Defesa Civil de vários municípios, que estão acompanhando esse simulado, para que também possam fazer efetivamente nas suas áreas”, concluiu o secretário da Gerência de Apoio ao Litoral Norte, André Porto.
Gabinete 3D
O simulado de abandono de área de risco da Defesa Civil integra a série de ações do Gabinete 3D – São Sebastião. A iniciativa coloca o Estado mais perto das comunidades, levando o atendimento público até o cidadão para fazer a diferença na vida de todos e gerando oportunidades para quem mais precisa.
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