A sinergia dos projetos de parcerias, concessões e desestatizações do Governo de São Paulo em um portfólio robusto torna o cenário estadual mais atrativo para as empresas globais e fundos internacionais de investimentos. A dimensão das estruturações do pipeline paulista deu o tom dos debates nas reuniões entre o governador Tarcísio de Freitas e executivos italianos nesta terça-feira (6) em Milão, na Itália, no segundo dia da missão para rodadas de negócios com empreendedores estrangeiros na Europa.
Ao propor um pacote que interliga projetos dentro de quatro áreas macro, o Governo de São Paulo facilita a participação do capital privado em projetos que exigem grandes aportes, como os de infraestrutura, transportes, mobilidade, energia e saneamento. Neste contexto, o Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP) funciona como uma alavanca de propostas dos leilões – em 2024, serão ao menos 13 deles – planejados pela administração estadual.
“O capital privado precisa de regras estáveis e métodos claros para se associar a projetos e obras que requerem investimentos substanciais. Em muitos casos, o horizonte de aportes em setores como os de infraestrutura, transportes e saneamento vai de 20 a 30 anos, sempre com excelência nos serviços oferecidos à população. Desta forma, o Governo de São Paulo formulou um pacote integrado de oportunidades em grandes eixos temáticos para as parcerias com a iniciativa privada e fundos com atuação global. Com organização e boas práticas de gestão, São Paulo se apresenta como um dos mais promissores polos de desenvolvimento não só na América Latina, mas em todo o mundo”, disse Tarcísio.
A primeira reunião de Tarcísio em Milão foi com Umberto Tosoni, diretor executivo do do grupo Gavio, maior operador do mundo no setor de rodovias sob concessão ou administradas em parcerias. O Gavio é responsável por cerca de 6,2 mil km de trechos pedagiados em países como Itália, Reino Unido e Brasil.
Atualmente, o grupo Gavio é o principal acionista da EcoRodovias, maior operadora de concessões rodoviárias do país – em São Paulo, a empresa atua no lote Noroeste Paulista e também no sistema Anchieta-Imigrantes.
A reunião girou em torno da projeção de São Paulo como mercado atraente no cenário internacional, a sinergia entre os projetos reunidos no PPI e a possibilidade de atuação conjunta para aprimorar concessões já existentes com o sistema automático de cobrança free flow, além de novos leilões rodoviários em planejamento para curto e médio prazo.
Na sequência, a comitiva paulista se reuniu com Federico Ghella, vice-presidente do grupo Ghella, com atuação destacada nos setores de infraestrutura, saneamento e abastecimento. As discussões apontaram para uma tendência de mais competitividade nos leilões estaduais, pois as gigantes globais e fundos de investimentos conseguem otimizar o planejamento para os certames graças à sinergia dos projetos do PPI-SP.
Atualmente, a Ghella é uma das construtoras que atuam na expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo.
Oportunidades de R$ 220 bilhões
O Governo de SP terá ao menos 13 projetos em leilões ao longo de 2024. Entre eles, estão o Trem Intercidades Eixo Norte, que vai ligar a cidade de São Paulo a Campinas, e concessões e parcerias de infraestrutura rodoviária e ferroviária, além das desestatizações da Sabesp e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae).
A carteira de projetos de concessões, desestatizações e parcerias da atual gestão estadual é estimada em mais de R$ 220 bilhões em capital privado, com 20 projetos qualificados e a previsão de 44 leilões até o final de 2026.
Reuniões em Paris nesta quarta
A partir desta quarta (7), a missão internacional do Governo de São Paulo inicia a terceira e última etapa do roadshow na Europa. Nos próximos três dias, Tarcísio e autoridades estaduais vão se reunir com empresários e banqueiros em Paris. As primeiras rodadas de negócios na capital da França ocorrem com representantes de empresas alemãs e também com executivos da holandesa Tec Tunnel.
Na missão à Europa, a comitiva liderada por Tarcísio é composta pelos secretários estaduais Rafael Benini (Parcerias em Investimentos), Jorge Lima (Desenvolvimento Econômico) e Lais Vita (Comunicação) e por Rui Gomes, presidente da InvestSP – agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
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