A restituição do Imposto de Renda, que começa a ser paga no dia 30 de maio, já tem destino certo para a maioria dos brasileiros: quitar dívidas. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Serasa, que revela o impacto desse dinheiro extra na economia e, principalmente, na vida financeira dos contribuintes.
De acordo com o levantamento, 25% dos entrevistados pretendem usar a restituição para pagar dívidas acumuladas, enquanto 23% afirmam que vão destinar o valor para quitar contas básicas, como água, luz e aluguel. Já 11% contam com esse recurso para resolver despesas inesperadas.
A pesquisa também mostra que 8% dos brasileiros planejam utilizar o valor para limpar o nome e sair da inadimplência. Apenas uma parcela menor conseguirá transformar a restituição em investimento: 16% vão poupar e 14% investir.
O estudo ouviu 1.973 consumidores de todas as regiões do país e revela um aumento expressivo no uso da restituição para quitar débitos. Em anos anteriores, 45% dos contribuintes usaram o dinheiro para pagar dívidas. Este ano, o índice sobe para 67%.
Outros destinos para o dinheiro
Além de pagar contas, 7% dos entrevistados vão usar a restituição para cuidar da saúde, enquanto 6% planejam gastar com viagens ou compras. Já 3% querem investir na reforma da casa e 2% vão utilizar o dinheiro para empreender.
Começa em 30 de maio
Embora o prazo para entrega da declaração vá até 31 de maio, o primeiro lote de restituição será liberado no dia 30, beneficiando os contribuintes com prioridade legal, como idosos acima de 60 anos, pessoas com deficiência, portadores de doenças graves e profissionais da educação que entregaram a declaração mais cedo.
Planejamento é fundamental
Para o especialista em educação financeira da Serasa, Thiago Ramos, é essencial que o contribuinte encare a restituição não como dinheiro extra, mas como uma oportunidade de reorganizar a vida financeira.
“O ideal é se planejar desde o início do ano, acompanhar as mudanças nas regras, guardar documentos e usar esse dinheiro de forma consciente. Seja para sair do vermelho, montar uma reserva ou investir no futuro”, orienta.