A umidade do solo deve aumentar nas próximas duas semanas em boa parte da zona da soja, favorecendo lavouras já semeadas, aponta a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de satélites, com base no modelo europeu ECMWF. O clima irregular, porém, vai prevalecer ao longo da safra, em especial pela presença do fenômeno El Niño, que irá influenciar, até março do ano que vem, todo o ciclo da soja e o início do ciclo do milho de segunda safra da temporada 2023/24.
Para trazer mais informações sobre o clima, o ritmo de plantio e os riscos para os produtores na safra diante da presença do El Niño, o analista de safra da EarthDaily Agro, Felippe Reis, participa do webinar que será realizado pela empresa nesta quarta-feira, dia 01 de novembro, às 08h15, com inscrições pelo https://my.demio.com/ref/U7Q2DG1lnrYdL63E Durante o webinar, o analista irá apontar as semelhanças entre a temporada atual e os anos de 2015 e 2009, quando o fenômeno El Niño também estava ativo.
Conforme avaliação da EarthDaily Agro, nos dias 24 e 25 de outubro o volume de chuvas em algumas regiões no Mato Grosso do Sul ficou acima de 25 milímetros, com aumento da umidade do solo. “Isso é positivo para os produtores que fizeram o plantio e a soja já emergiu, bem como para as áreas afetadas pela onda de calor na primeira quinzena de outubro e que deverão ser replantadas”, diz o analista. O ECMWF prevê continuidade das chuvas nos próximos dias.
Já no Mato Grosso, a previsão aponta retorno da chuva e aumento da umidade do solo a partir de 4 de novembro, mas ainda assim haverá necessidade de maior volume, tanto no curto quanto no médio prazo. Em Goiás, a precipitação acumulada deve ficar abaixo da média no curto prazo, mas será suficiente para trazer a umidade do solo a patamares similares à média nas próximas duas semanas.
Nos estados do Sul houve excesso de chuvas nos últimos 10 dias, principalmente no Rio Grande do Sul, onde a precipitação no período ficou entre 50% e 100% acima da média em boa parte do estado. No norte do estado, o modelo americano GFS prevê fortes chuvas para o curto prazo e precipitação acumulada de 200 milímetros – contra média de 92 milímetros para as próximas duas semanas. Já o ECMWF prevê acumulado de 99 milímetros na mesma região e período. Ambos, porém, apontam para o final de outubro com chuvas e início de novembro com baixa precipitação.
No Paraná, a alta precipitação prevista para os próximos dias será positiva, especialmente para os produtores que já realizaram o plantio da safra de verão 2023/24, diante do aumento da umidade do solo e da redução das altas temperaturas. Para quem ainda não plantou, as chuvas podem dificultar ou até mesmo impossibilitar o plantio até o fim de outubro, retardando o início do ciclo.