No dia em que foi aberta a programação da edição matogrossense da Expo Favela, na última sexta-feira (7), o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do Ministério da Cultura (MinC), Henilton Menezes, foi um dos convidados do painel O Poder da Cultura e Arte na Revolução dos Negócios Locais. O evento reúne expositores de projetos, startups e negócios nas áreas de culinária, arte, cultura, ciência e educação produzidos por moradores de comunidades do estado.
O debate tratou das formas possíveis para ampliação do acesso de produtores e empreendedores das periferias a recursos para produção cultural. Henilton Menezes informou que o MinC já tem trabalhado para garantir essa oportunidade. Uma das ações citadas foi a do Programa Rouanet nas Favelas, que tem como parceira a Central Única das Favelas (Cufa), criadora da exposição feita em MT e em outros estados país. O edital terá o resultado divulgado no próximo dia 10 e vai garantir patrocínio total de R$ 5 milhões para projetos nos territórios de favela das capitais Belém (PA), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Goiânia (GO), e suas respectivas regiões metropolitanas.
Outro exemplo dado pelo secretário foi o edital Petrobras Cultural, lançado em fevereiro, em parceria com o MinC, e que adotou como regra destinar, ao menos, 15% do valor total para cada região brasileira, o equivalente a R$ 37,5 milhões.
“A ministra Margareth Menezes determinou que os recursos da cultura precisam ser nacionalizados. Então, nosso desafio é tirar ou, pelo menos, diminuir essa concentração que existe nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo por uma questão histórica de que a economia brasileira é concentrada ali. É onde estão as grandes empresas”, explicou Henilton. “Agora faremos um processo de indução para que o investimento dessas empresas vá também para regiões que não são tão potentes economicamente, mas precisam de recursos porque são potentes do ponto de vista cultural”, completou.
Mediador do debate, o gestor cultural Jan Moura celebrou as iniciativas do MinC. “Quando a gente entende que política pública é atuar nas ausências, a gente começa a combater as desigualdades e, de fato, cumpre uma missão tão gloriosa como a da Lei Rouanet, que é desenvolver a cultura do nosso país”, reforçou. “A gente não desenvolve a cultura do nosso país focado naqueles que sempre vencem. É preciso, de fato, encontrar aqueles e aquelas que precisam da política pública, assim como não se constrói hospital onde já se tem um hospital”.
A secretária-adjunta de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) de Mato Grosso, Keiko Okamura, acrescentou exemplos de ações nas periferias do estado. “É essencial darmos visibilidade ao empreendedorismo e à economia criativa, e transformar a cultura numa cultura sustentável que gera renda, emprego e que traz um benefício social para todos e todas”, comentou.
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Fonte: Ministério da Cultura