Mestres e mestras da cultura popular de todo o país estão reunidos em São Jorge, na Chapada dos Veadeiros (GO), na Conferência Temática das Culturas Populares e Tradicionais, para debater temas que serão levados à 4ª Conferência Nacional de Cultura (4 CNC), em março de 2024. Ao abrir o encontro nesta sexta-feira (15), a ministra Margareth Menezes disse que as culturas populares são a base que inspiram todo o país. 

“Isso é o que faz a nossa cultura ser tão diversa e admirada. A fonte está na cultura popular. Sem ela não teríamos essa diversidade e as especificidades que são as artes no Brasil. A diversidade das nossas histórias nos liberta”, afirmou.

A ministra falou sobre a importância do momento que antecede a 4ª CNC. “O nosso governo é um governo de escuta popular e é por isso que nós estamos retomando as Conferências. Nesse momento existe um governo que está à disposição do povo brasileiro, vamos materializar a conquista da democracia no Brasil. A gente quer conferir o que o povo quer. Assim como o povo subiu à rampa com o presidente Lula, nós estamos abertos a receber a todos no Ministério da Cultura”, disse.

A Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, disse que espera que o diálogo realizado nos próximos dias gere grandes consequências. “O verdadeiro sentimento da política pública é essa corresponsabilidade. A construção dessa política é uma construção de muito tempo, que envolve cada mestre e mestra, que envolve o seu lugar, que resistiu. Essa é a importância da gente estar fazendo uma política integrada na área de patrimônio, na área de salvaguarda e é como a gente tem que integrar a Política Nacional de Cultura”.

O diretor de Promoção das Culturas Populares da SCDC, Tião Soares, disse que esse é um momento muito importante para o Minc. “Esse encontro de mestres e mestras de todo o Brasil representa a grande diversidade das culturas brasileiras”.

Rafael Barros, diretor do CNFCP/Iphan, falou sobre o compromisso político do governo em fazer das expressões tradicionais e da cultura popular sejam reconhecidas e valorizadas. “A gente deu um salto importante, transformador, que é na compreensão que esses modos de vida e de existir têm uma contribuição imensa para dar ao estado brasileiro, que é o de transformação da sua própria forma de se relacionar com o povo”.

O mestre Gil do Jongo é professor e veio do Vale do Paraíba, em São Paulo. Ele falou sobre a importância do respeito que as culturas populares dão aos mais velhos e à ancestralidade, sobretudo do papel fundamental das culturas populares nas escolas. “Se a cultura popular fosse ensinada nas escolas, talvez ela não fosse tão difamada”.

Presença inédita

A Conferência integra a programação do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. De acordo com a diretora da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, Tila Avelino, essa é a primeira vez que uma ministra da Cultura participa do evento. “Esse é um momento de estarmos juntos para darmos a direção no que realmente nós queremos”.

“Nós estamos no momento de renovar esse movimento incrível que hoje a gente percebe nas culturas populares, após quatro anos de apagamento”, completou Cláudia Márcia Ferreira, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.

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Fonte: Ministério da Cultura