De 31 de julho a 2 de agosto, durante a 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) promoveu uma programação intensa que reuniu mais de 600 participantes em mesas, rodas de conversa e encontros públicos. Ao ocupar o principal evento literário do país, a Casa Rui promoveu debates sobre políticas culturais, literatura brasileira, preservação da memória, arquivos, bibliotecas, cinema, pensamento social brasileiro e justiça social — reafirmando seu compromisso com a reflexão crítica, a difusão do conhecimento e a valorização do patrimônio cultural.

Em três dias, foram realizadas dez atividades que consolidaram a presença da FCRB na Festa Literária, conectando o trabalho da instituição à agenda pública de cultura. A programação destacou temas como memória, livro e leitura, pesquisa, democracia e a perspectiva antirracista nos acervos públicos, reforçando seu papel ativo na articulação desses campos.

Para o presidente da FCRB, Alexandre Santini, a presença na Flip reforça o compromisso da instituição com a democratização de suas atividades, ampliando o alcance de seus programas, pesquisas e acervos para dialogar com públicos diversos em todo o Brasil: “A presença da Fundação na Flip consolida nosso compromisso com uma cultura acessível e conectada com os grandes debates do país. Levamos acervos, pesquisas e reflexões para o centro da cena literária brasileira. Foi uma participação muito significativa e já começamos a pensar em como ampliar essa atuação no próximo ano.”

A Flip 2025 homenageou o poeta e escritor Paulo Leminski, reunindo autores consagrados e novas vozes da literatura brasileira em uma extensa programação de mais de 400 atividades, entre mesas de debate, oficinas, apresentações artísticas e ocupações culturais. O evento, realizado com patrocínio do Ministério da Cultura via Lei Rouanet, reforça a importância da democratização do acesso à literatura no país.

A parceria com a Casa MinC – espaço coletivo que reúne diversas instituições do Ministério da Cultura em uma programação articulada -, fortaleceu a presença das políticas públicas na Flip e ampliou o diálogo com o público a partir de múltiplas perspectivas sobre diversos temas da cultura. Nas atividades da Casa MinC  realizadas na sede do Iphan em Paraty, que abriga também a Casa do Cordel, a FCRB fomentou o diálogo entre pesquisadores, especialistas, gestores e agentes culturais. O foco das ações esteve na interação entre memória, preservação do patrimônio público, difusão cultural e os desafios contemporâneos, reafirmando o papel central da cultura para o desenvolvimento social.

“A Casa Rui prestou um grande serviço às políticas culturais e à divulgação da literatura. Essa casa possui um dos maiores acervos da história da literatura brasileira. Falamos sobre política para a literatura e para as artes, nos integramos com a Casa do Cordel, valorizando o patrimônio de Paraty e celebrando essa grande festa da literatura, tornando-a mais popular e acolhedora por meio dos debates e da programação. Foram dias para celebrar, aprender e compartilhar conhecimento, além de aproximar as pessoas das políticas que a Casa de Rui e o Ministério estão desenvolvendo. A literatura brasileira se fortalece cada vez mais, pois essa casa não pertence só ao MinC, mas a toda a cultura do nosso país”, destacou o secretário-executivo e ministro interino do MinC, Márcio Tavares.

A programação da Fundação Casa de Rui Barbosa na Flip incluiu debates e atividades de grande relevância, como o painel “Abrigos e desabrigos da literatura marginal”, que promoveu o diálogo entre a obra de Leminski. Houve ainda uma homenagem ao centenário de Fernando Sabino, com uma sessão de curta-metragem dedicada ao escritor. A mesa-sarau “Distraídos venceremos?: o tempo Leminski, da ditadura aos desafios atuais da democracia” reuniu parlamentares, pesquisadores e artistas para refletir sobre o contexto histórico e os desafios atuais da democracia brasileira. A programação também abordou perspectivas antirracistas na formação de acervos culturais públicos, destacou o papel da Casa de Rui Barbosa como espaço de cultura, literatura e memória na Capital Mundial do Livro, e trouxe leituras comentadas do Teatro Experimental do Negro na atividade “Memória, coração do futuro”. Complementando as atividades, o Cineclube Literário exibiu os filmes “Azyllo muito louco”, de Nelson Pereira dos Santos, baseado na novela O Alienista de Machado de Assis, e “Assaltaram a gramática”, dirigido por Ana Maria Magalhães.

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Fonte: Ministério da Cultura