Neste sábado (22), uma comitiva do Ministério da Cultura (MinC) realizou uma visita guiada pelo Edifício Gustavo Capanema, popularmente conhecido como Palácio Capanema, no Rio de Janeiro. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi acompanhar de perto os últimos ajustes antes da reinauguração do local, que será celebrada em março.
A ministra destacou a relevância do espaço como referência para a população brasileira. “É uma grande honra participarmos deste marco histórico. Nesta gestão, estamos felizes por oferecer esse legado à sociedade brasileira que em breve estará disponível para o Rio de Janeiro e para o Brasil”, declarou.
O projeto prevê espaços destinados a exposições sobre a formação da sociedade brasileira, a cultura popular e as manifestações afro-brasileiras, além de concentrar as atividades administrativas dos órgãos vinculados ao Ministério da Cultura, como Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Fundação Nacional de Artes (Funarte) e um gabinete ministerial do MinC.
“Temos imenso orgulho de entregar este legado para a cultura brasileira, para os artistas e para toda a comunidade cultural do Brasil e da humanidade, pois trata-se de um dos grandes ícones do modernismo mundial”, disse o secretário-executivo do Minc, Márcio Tavares.
A presidenta da Funarte, Maria Marighella, disse que é com grande entusiasmo que a instituição retorna à sua sede original, marcando um resgate das suas raízes e um novo capítulo para a cultura brasileira.
“A Funarte retorna à sua sede original com grande entusiasmo. Em conjunto com a Secretaria do Estado do Rio, o Palácio Capanema e demais instituições vinculadas, retomaremos as atividades com o Iphan, a Secretaria dos Comitês, a Biblioteca Nacional e todo o corpo do Ministério da Cultura. Essa articulação, agora estabelecida no centro do Rio de Janeiro, reafirma nosso compromisso com a comunidade artística do Brasil.” Ainda segundo Maria Marighella, esse movimento não só fortalece a identidade institucional, como também amplia uma rede de colaboração que visa dinamizar o intercâmbio cultural e impulsionar a produção artística em todo o país.
Já segundo o secretário-executivo adjunto da Cultura, Cassius Rosa, o projeto de revitalização do Palácio Capanema vai além de uma simples função administrativa.
“Este espaço não servirá apenas como sede do Ministério da Cultura; ele também reunirá equipamentos culturais que reintegrarão a cultura do Palácio Capanema e fornecerão novos recursos para a cidade. Esse projeto possui um significado especial, marcando um movimento de resistência às políticas culturais do passado”, afirmou.
História
A construção do edifício teve início em 1937, no contexto do governo de Getúlio Vargas, com o objetivo de abrigar os ministérios da Saúde e da Educação. A proposta arquitetônica do projeto contou com a colaboração de nomes renomados, entre eles Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Lúcio Costa e Jorge M. Moreira, que contribuíram para a criação de uma obra que se tornaria um dos marcos do modernismo no Brasil. O nome do prédio homenageia Gustavo Capanema, ex-ministro da Educação e Saúde, e o seu gabinete chegou a ser comandado pelo ilustre poeta Carlos Drummond de Andrade.
O valor histórico e arquitetônico do Palácio Capanema foi oficialmente reconhecido em 1948, quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o tombou, garantindo a preservação de sua memória e importância para a cultura brasileira.
Com uma área de 27.536 metros quadrados e 16 pavimentos, o edifício se destaca não apenas por sua imponência, mas também pelos belos jardins projetados pelo célebre artista plástico e paisagista Burle Marx.
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Fonte: Ministério da Cultura