Em missão pelo Rio Grande do Sul, o secretário-Executivo adjunto do Ministério da Cultura, Cassius Rosa, visitou, na quarta-feira (5), equipamentos culturais atingidos pelas enchentes em Porto Alegre, dando sequência aos esforços do MinC pela reconstrução do estado e socorro ao setor cultural local.

Cassius esteve no Museu do Hip-Hop, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu do Trabalhador, no Ponto de Cultura Instituto Cirandar e na sede do grupo teatral Terreira da Tribo, junto da representante do Escritório Estadual do MinC no Rio Grande do Sul, Mari Martinez e da representante da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Karen Lose. 

“Nesse giro nós pudemos ver uma pequena parte de toda a cadeia da economia da cultura no estado, que foi severamente atingida. Essa vinda do MinC ao Rio Grande do Sul serviu como um momento de acolhimento e de escuta dos movimentos culturais para que a gente possa fazer a formatação final das ações que serão implantadas pelo Governo Federal e pelo Ministério da Cultura nesse momento de reconstrução de todo o estado”, afirmou o secretário.

Mari Martinez, disse que as visitas passaram por espaços coletivos e abarcou demandas de pessoas atingidas. “Que com certeza poderão contar com o apoio e com as políticas públicas que o Ministério está construindo. Além da escuta da comunidade cultural atingida aqui no estado. A participação popular é a essência desse plano de reconstrução da cultura do Rio Grande do Sul”. 

Visitas 

A sede da Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, tradicional grupo de teatro com mais de 70 anos de atuação, que também se constitui ponto de cultura, teve seu espaço, que era alugado, totalmente destruído pelas enchentes. 

Como desdobramento da visita, uma primeira ação de suporte ao grupo foi realizada em reunião com a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o ponto de cultura, a Funarte e outras entidades, já no retorno do secretário à Brasília, nesta sexta (7). “O objetivo é encontrar a disponibilidade de uma área que eles possam, não apenas de forma provisória se realocar, mas também buscando um espaço da União que possa ser cedido de forma permanente para o grupo, para que eles possam voltar o quanto antes às suas atividades”. 

No Museu do Hip-Hop, que tem sido ponto de apoio para as doações, tendo recebido já mais de 20 toneladas de suprimentos vindos de artistas do Hip-Hop, o secretário explicou que o espaço deve constituir, também, um ponto de apoio da cultura para atender os fazedores atingidos. “Também vimos com eles a melhor maneira de atuar nas outras unidades do Museu do Hip-Hop como na cidade de Esteio, que foi totalmente alagado”, explica Cassius. 

Rafa Rafuagi, diretor da Casa da Cultura Hip-Hop, conta que a casa em Esteio foi a primeira casa da cultura da linguagem no Rio Grande do Sul. Atualmente, ainda é a maior da América Latina em metros quadrados. “A casa, que já chegou a atender 4 mil jovens por ano, alcançou nesse momento o seu pior estado em questão estrutural, porque foi devastada pela enchente de junho do ano passado e dessa vez novamente devastada pela enchente de maio que levou não só a nossa casa como toda a nossa comunidade os mobiliários e a estrutura”. 

“E, nesse momento, nós estamos fazendo uma agenda de reconstrução da casa junto com parceria aí, buscando parceria de empresas privadas, sociedade civil, o próprio Ministério da Cultura, entendendo que não será possível reconstruir a casa sem apoio e solidariedade de todo o Brasil, dos âmbitos federais, estadual e também municipal”, conclui Rafuagi. 

O Ponto de Cultura Instituto Cirandar, que atende pessoas em situação de rua e imigrantes, perdeu a sua biblioteca, que é uma parte muito importante da atuação da entidade. O Cirandar também tem sido ponto de apoio à comunidade cultural no estado. 

No Margs, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, mais de dois metros de água atingiram o espaço subterrâneo e, embora tenha sido feito um trabalho heróico de retirada das peças, gravuras foram atingidas e passam por processo de recuperação. 

Também o Museu do Trabalhador foi atingido e teve toda parte de oficina, de xilogravura. atingida. Perderam-se conteúdos históricos de mais de 70 anos de atuação desse museu. O teatro também foi totalmente comprometido.

 

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Fonte: Ministério da Cultura