Com o objetivo de coletar informações e discutir a operacionalização com gestoras e gestores públicos estaduais e federais e agentes culturais para a atualização colaborativa dos sistemas digitais de fomento à cultura, o Ministério da Cultura (MinC) promove entre os dias 21 e 23 de fevereiro, em Brasília (DF), a Oficina de Design – Ativação federativa de soluções digitais.

O projeto do MinC para atualização do Mapa da Cultura é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que possui dois projetos de extensão voltados para essas soluções digitais. São eles: Qualificação do Ecossistema para Soluções Digitais e o Laboratório da Cultura Digital.

Utilizada pelo MinC, o Mapa da Cultura passou por recente atualização. Na versão 7 é possível localizar iniciativas culturais em todo o Brasil com uma apresentação mais intuitiva e dinâmica. A oficina se destina ao levantamento de dados para a versão 8, como explica Uirá Porã, co-idealizador e coordenador do Laboratório do Futuro.

“É um projeto desenhado e desenvolvido nessa visão colaborativa entre o movimento social e Governo Federal. Como um todo, o segmento da cultura é mais verticalizado e nesse processo nós queremos dividir essa responsabilidade com os agentes culturais e ouvir as principais dificuldades na operacionalização. A ideia do projeto é viabilizar várias versões, uma a cada mês, para uma melhora contínua do software”, disse.

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FLUXOS

O fluxo de fomento à cultura e a gestão por resultados também foi discutido na oficina. “Para ter uma política institucionalizada e contínua, precisamos entender as estruturas de gestão, os fluxos e modelos implementados. O que queremos alcançar com essas soluções é otimizar os processos de gestão, qualificar a experiência do artista, do agente cultural, mensurar os resultados e comunicá-los para a sociedade”, comentou Sofia Mettenheim, coordenadora geral de Projetos Estratégicos do MinC.

DEMOCRATIZAÇÃO

Uma das vantagens do Mapa da Cultura é a sua capacidade de democratizar o acesso à cultura, permitindo que toda pessoa, em qualquer lugar do país, possa encontrar e participar de eventos culturais próximos a ela. Além disso, a plataforma também facilita a gestão de projetos culturais, oferecendo ferramentas para a divulgação, organização e acompanhamento de iniciativas culturais.

 “Esse projeto é essencial para pensar na concretização das políticas públicas de culturamento de recursos e, também, na dinâmica das soluções digitais possíveis para facilitar e aprimorar a experiência dos gestores. Queremos colaborar com ações mais efetivas e democráticas”, comentou a professora e coordenadora dos projetos de extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Deborah Rebello Lima.

 INTEGRAÇÃO

A Oficina é uma etapa do projeto “Ativação Federativa do Ecossistema de Soluções Digitais para o Fomento à Cultura”, que objetiva fortalecer a gestão do fomento cultural federativo, integrando e aprimorando de soluções digitais.

A troca de experiências, conforme explica Sofia Mettenheim, vai permitir uma atualização efetiva e integrada dos sistemas com o Mapa da Cultura. “Hoje no Brasil, temos um cenário de sistemas que funcionam muito bem, e que podemos aprender com eles, e outros que precisam de aprimoramento. Nesses últimos, nós queremos estar presentes e disponíveis para melhoramento dos sistemas. Tudo isso é para que o MinC consiga uma integração melhor e para que possamos apresentar esses resultados para a população”, concluiu.

Foram convidados para a oficina gestores de diferentes estados das cinco regiões do país, incluindo Amazonas, Distrito Federal, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina, Ceará, Pará, Rio de Janeiro, Goiás, Roraima, Amapá, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, entre outros. Representantes de órgãos do Ministério da Cultura, como a Secretaria de Economia Criativa e Fomento à Cultura (SEFIC), a Secretaria de Formação, Livro e Leitura (SEFLI), a Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Inovação (STII), a Secretaria dos Comitês de Cultura (SCC) e a FUNARTE também estarão presentes. Além disso, agentes culturais de diversos segmentos foram convidados e estão representados também pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).

 

Fonte: Ministério da Cultura