O Ministério da Cultura (MinC) marcou presença, pela primeira vez, em um dos maiores eventos de games do planeta: a Gamescom. A Pasta foi representada pela diretora de Formação e Inovação Audiovisual da Secretaria do Audiovisual (SAV), Claudia Gonçalves. Realizado em Colônia, na Alemanha, o Gamescom acontece entre 23 e 27 de agosto.

O potencial econômico do mercado de games é inegável, ressalta Cláudia. “O setor expandiu-se e encontra-se em pleno crescimento. Ligado à área audiovisual em junção com a tecnologia, são muitas as aplicações dos jogos eletrônicos. Esportes, literatura, matemática. São inúmeras as áreas de conhecimento abrangidas pelos games. Nossa meta é explorar esse mercado, responsável até mesmo por reflexos sociais”. A SAV integrou o evento ao lado de uma comitiva formada por representantes de 60 estúdios brasileiros de desenvolvimento de jogos.

O projeto AfroGames é um exemplo da função social, com inclusão de jovens de comunidades de baixa renda da cidade do Rio de Janeiro, por meio da prática de e-sports. “É uma forma incrível aliar tecnologia e educação para promoção de transformações sociais. Precisamos explorar todos os lados positivos da tecnologia e estamos nos preparando para expandir o lado educacional e social”, detalha Claudia.

Ela também lembra da existência de muitos desenvolvedores de jogos educativos que tomam como norte a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento do Ministério da Educação (MEC) que define o conjunto orgânico e progressismo de aprendizagens essenciais a serem desenvolvidas por estudantes ao longo das etapas e modalidades da educação básica. E referencia a importância da diversidade de territórios brasileira. O Sudeste lidera a capacidade de produção de jogos nacional, com 57%. É seguido pelo Sul (21%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (6%) e Norte (3%). Dados são de pesquisa da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Games (Abragames).

“A pluralidade que traduz o Brasil, seja em seu povo ou em seu território, já aparece no mercado de games brasileiro. Nossa cultura é rica e diversa. Trouxemos isso para a mesa de debates que realizamos. E ficou claro pelos retornos que tivemos que o mundo quer conhecer o que temos para oferecer”, concluiu a diretora.

Claudia participou do painel O Poder do Brasil. Reconstruindo o setor audiovisual por meio dos games e da diversidade, ao lado do presidente da Abragames, Rodrigo Terra; do diretor-executivo do BIG Festival, Gustavo Steinberg; do fundador da organização não governamental Afrogames, Ricardo Chantilly; e o representante da ApexBrasil, Eros Silva.

“A viagem deste ano tem um significado muito especial para a indústria brasileira de desenvolvimento de games. Além de contar com a incrível presença de quase 60 estúdios – um crescimento de cerca de 26% em relação ao ano passado –, o Brasil será o grande homenageado da Gamescom em reconhecimento ao importante polo de desenvolvimento em que o país tem se transformado”, comemorou o presidente da Abragames.
Membros da Brazil Games (projeto setorial de exportação realizado pela Abragames, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil) também integraram a comitiva.

Setor potencial

Atualmente, o Brasil representa apenas 1,5% do mercado global de jogos, que movimentou quase US$200 bilhões em 2022. Na América Latina, entretanto, ocupa lugar de destaque, liderando o ranking regional: girou US$ 2,3 bilhões. E também no ano passado o percentual de crescimento é promissor: 152%.

O aumento na quantidade de estúdios nacionais dedicados a jogos saltou de 200, em 2014, para mais de mil, representando acréscimo de mais de 500%, em menos de uma década. Os dados são resultado de um levantamento elaborado pela Abragames.

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Fonte: Ministério da Cultura