O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Subsecretaria de Gestão Estratégica (SGE), e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura – PROEC, divulgou nesta segunda-feira (25) o resultado das informações coletadas durante a Oficina de Design – ativação federativa de soluções digitais, realizada entre os dias 21 e 23 de fevereiro. Na ocasião, foi publicado um livreto com as descobertas iniciais que vão contribuir para a qualificação dos sistemas digitais de fomento à cultura, no contexto da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Os conteúdos da publicação resultam de discussões com gestoras e gestores públicos estaduais e federais, pesquisadores e agentes culturais.
Um dos desafios que o Minc tem enfrentado na execução federativa da PNAB é o fortalecimento do ecossistema de soluções digitais de apoio à gestão dos processos públicos de fomento. O componente tecnológico não apenas impulsiona uma gestão mais transparente e estratégica dos recursos, contribuindo para uma distribuição mais equitativa e efetiva dos investimentos em cultura, como também possibilita a eficiência na coleta de dados e informações de avaliação da efetividade da política.
“Para alcançar uma atuação eficaz dentro de um contexto de restrições e da lógica democrática, é imperativo buscar a inovação, a tecnologia e o trabalho em rede. Prioridades claras emergem neste percurso: primeiro, qualificar a experiência do usuário, seja ele agente cultural ou gestor público, garantindo a participação plena dos cidadãos e uma gestão efetiva. Também é essencial otimizar o processo de gestão pública da PNAB, considerando as assimetrias nas capacidades institucionais dos entes federados. Por fim, é fundamental visualizar os resultados da política, traçando paralelos entre o caminho dos investimentos e o caminho dos dados, garantindo transparência e eficácia na aplicação dos recursos”, afirma Sofia Mettenheim, coordenadora-geral de Projetos Estratégicos no MinC.
Durante a Oficina, os principais problemas do fluxo de gestão do fomento à cultura foram mapeados, tendo destaque as etapas de avaliação dos editais, monitoramento e prestação de contas de projetos. Para Juliana Almeida, coordenadora de Acompanhamento de Projetos da Subsecretaria de Gestão Estratégica (SGE/MinC), a importância da Oficina é poder compartilhar com os Estados os desafios comuns para a plena execução das políticas de fomento à cultura.
OFICINA
A oficina de design utilizou métodos colaborativos e de escuta das pessoas envolvidas e buscou elencar os problemas visando uma futura solução compartilhada e interoperável entre as diversas soluções digitais de gestão do fomento à cultura. Além disso, buscou-se validar o fluxo de fomento e simplificar a jornada dos entes federados, gestores e agentes culturais.
“Muitas pessoas pensam que design é só uma questão gráfica, mas não é. Tem muito mais a ver com equacionar e relacionar fragmentos de um processo de escuta qualificada que orienta as soluções inovadoras para problemas diferentes”, explicou Ranielder Freitas, doutor em Design e facilitador da oficina.
Metodologia
Os participantes da oficina foram divididos em grupos para indicar diferentes problemas para gestão do fluxo. A oficina propôs uma reflexão sobre seis macroetapas: planejamento, processamento do chamamento público, celebração, execução/monitoramento, prestação de informações e avaliação/comunicação de resultados.
De acordo com Juliana Almeida, as dinâmicas foram realizadas buscando o levantamento dos requisitos de forma lúdica. “Queríamos que o levantamento de requisitos tivesse o suporte de ferramentas de design de políticas públicas. Então, fizemos todo o processo do fluxo que mapeia todas as fases de gestão do fomento à cultura e fomos detectando quais soluções digitais eram utilizadas, quais etapas eram problemáticas, e principalmente, levantando as dores dessa comunidade”, disse.
Mapas de Cultura
A relevância do projeto foi ampliada pela execução federativa da PNAB, que prevê investimentos significativos no campo cultural. Diante desses desafios, o MinC se empenhou em recuperar o potencial da plataforma Mapas Culturais, que foi base para o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais – SNIIC.
O Mapa da Cultura passou por recente atualização. Na versão 7 é possível localizar iniciativas culturais em todo o Brasil com uma apresentação mais intuitiva e dinâmica. A oficina também se destinou ao levantamento de dados para atualizações de versão do Mapas.
Uma das vantagens do Mapa da Cultura é a sua capacidade de democratizar o acesso à cultura, permitindo que toda pessoa, em qualquer lugar do país, possa encontrar e participar de eventos culturais próximos a ela. Além disso, a plataforma também facilita a gestão de projetos culturais, oferecendo ferramentas para a divulgação, organização e acompanhamento de iniciativas culturais.
O projeto do MinC para atualização do Mapa da Cultura é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que possui dois projetos de extensão voltados para essas soluções digitais. São eles: Qualificação do Ecossistema para Soluções Digitais e o Laboratório da Cultura Digital.
Próximas etapas
Conforme a Subsecretaria de Gestão Estratégica (SGE) haverá outros momentos de escuta e interação com agentes culturais da sociedade civil para continuidade do projeto.
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Fonte: Ministério da Cultura