“Minha boca será a boca dos infortúnios que não têm boca. A minha voz, a liberdade de quem entra em colapso na masmorra do desespero”. Os versos de Aimé Césaire ganharam vida na voz de Jackson Costa, responsável pelas intervenções poéticas na segunda noite da programação cultural da Conferência da Diáspora Africana nas Américas, realizada na noite desta sexta-feira (30), na Praça Tereza Cristina, no Pelourinho.

Após o encerramento das mesas que resultaram na elaboração da Carta de Recomendação da Diáspora Africana, o grupo se dirigiu à Praça, um dos mais tradicionais palcos da cultura baiana em Salvador. Lá, o DJ Marou Telefunksoul comandou as pick-ups que deram às boas-vindas aos convidados. A Orquestra de Berimbaus foi a primeira atração a ocupar o palco.

Na sequência, Lazzo Matumbi emprestou sua voz à uma interpretação única de Zumbi, canção de Jorge Ben Jor. Depois dele, Virgínia Rodrigues prendeu a público com sua voz melodiosa e forte. Márcia Short prestou sua homenagem à Iansã com a música de Rita Benneditto acompanhada dos tambores e backing vocals da banda base da noite. “É uma alegria real e gigantesca estra fazer parte desse momento, num debate tão importante das nossas pautas”, revelou.

O rap com influência candomblecista de Opanijé prendeu a atenção do públuco. Além da mistura da Existem duas negritudes. A negritude que fizeram com nós e a negritude que nós somos, e é essa que nós devemos celebra aqui hoje. A grandeza da negritude da atitude e a negritude da militância”, afirmou o rapper e ilustrador, MC Lazaro Erê.

Antes, Aloísio Menezes e o Cortejo Afro foram responsáveis por lotar a pista de dança com seu ritmo pulsante. Antes do final da noite, os músicos do tradicional Ilê Ayê trouxeram clássicos da música baiana e ganharam o público com seus refrões marcantes.

O evento foi realizado pelo Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos povos e comunidades tradicionais (Sepromi).

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Fonte: Ministério da Cultura