Da primeira fila, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, acompanhou um desfile de moda na tarde desta quinta-feira (09), durante o Mercado de Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) 2023. A atividade reuniu seis marcas das regiões Norte, no Pavilhão B, do Hangar Centro de Convenções da Amazônia.

A primeira a entrar na passarela foi Ludimila Heringer, que faz moda autoral paraense com tingimento natural. “Trabalho com slow fashion, agreguei o tingimento natural e a estamparia botânica usando plantas do Brasil, mas com foco nas Amazônicas, juntamente com isso, eu coloco crochê e manualidades. Com o MICBR aqui no Pará, todos os olhos se voltam para a gente e tiramos o hábito do polo de moda ser sempre no Sul e Sudeste. Queremos mostrar que estamos aqui, produzimos moda com qualidade e temos um celeiro de matérias-primas maravilhosas para serem usadas. Eu já estou tingindo com castanha-do-pará, andiroba, copaíba, catuaba, pau-brasil, dentre outros. Agora estou fazendo tingimento com a folha da Mangueira, para poder trazer mais essa representatividade de Belém”, explicou Ludimila.

We’e’ena Tikuna apresentou a coleção Tururi. “Hoje estamos ecoando a nossa voz. Viva os Povos Originários, Viva a Amazônia, salvemos porquê cada um de nós faz parte! Essa coleção que vocês estão vendo é ancestral, não foi usurpada, foi sempre nossa. A nossa moda é nossa resistência!”, disse We’e’ena, ao fim do desfile.

Em seguida Bordeliê, vindo de Alagoas, mostrou as suas peças feitas com técnicas de ponto cruz. Logo após, Arbol entrou na passarela com a coleção Cápsula, que usa matéria-prima naturais e nacionais com modelagem de alfaiataria clássica.

Os grafismos sagrados indígenas foram apresentados no desfile com a coleção “O futuro da Moda é Ancestral” apresentada por Patrícia Kamajura, que é estilista, empreendedora e ativista.

Fechando a programação, Liana D’África mostrou sua produção vinda do Rio de Janeiro. Fomentado uma moda autoral que marca o resgate ancestral de matriz afro-brasileira, a coleção “Utopias das Ancestrais Negras” apresentavam peças com muita cor e representatividade. “Que prazer estar aqui, com a minha coleção, nesse mês que é nosso, de resistência. No dia 20 de novembro, a gente fala Lélia González, Zumbi, Dandara, Maria Felipa, dos meus ancestrais, que eu acredito que vieram muito antes e deixaram essa construção acontecer. Que a gente possa escrever muito mais histórias de ancestral”, concluiu Liana.

De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a estimativa para o ano 2023, é que o mercado de moda brasileiro venda 6,55 bilhões de peças.

No sábado (11), ocorre no MICBR o Painel Sustentabilidade da Moda. Evento gratuito e aberto ao público.

Realização

O MICBR é uma realização do MinC e OEI e conta com o patrocínio master da Vale e do Instituto Cultural Vale. Também apoiam a iniciativa o Sebrae, o YouTube, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco da Amazônia (BASA).

A programação das palestras e oficinas é apresentada pela Vale e Instituto Cultural Vale, com apoio do British Council. A Apex-Brasil é parceira nas rodadas de negócios e atividades de formação de redes.

O Mercado das Indústrias Criativas é realizado, ainda, com apoio do Governo do Estado do Pará, por meio das Secretarias de Cultura e Turismo, e pela Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém e da Companhia de Desenvolvimento da Região Metropolitana.
Setor

Serviço
3º Mercado de Indústrias Criativas do Brasil (MICBR)
Quando: 08 a 12 de novembro de 2023
Local: Hangar Convenções & Feiras da Amazônia
Av. Dr. Freitas, s/n – Marco – Belém (PA)
Aberto ao público e com entrada gratuita.

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Fonte: Ministério da Cultura