O Museu Nacional da República, em Brasília, recebe hoje (13) e quinta-feira (14) a primeira edição do Festival Brasil É Terra Indígena. O evento, promovido pelo coletivo Mídia Indígena, com o apoio dos ministérios dos Povos Indígenas (MPI) e da Cultura (MinC), busca apresentar e valorizar a diversidade cultural e de pensamento dos povos originários por meio de exposições, debates e shows.

“A cultura indígena é uma pauta prioritária. Tanto que a nossa Política Nacional Aldir Blanc, assim como a Lei Paulo Gustavo, têm 10% de ações afirmativas para a população indígena. Também fizemos um edital dos pontões, então, vamos ter uma rede, reativando os pontos de Cultura Viva e os pontos de cultura indígena, um pontão de cultura indígenas e terra mãe”, afirmou a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, em coletiva de imprensa na abertura da programação na manhã desta quarta-feira.

“Esperamos que no investimento da Política Nacional Aldir Blanc, que são R$ 3 bilhões por ano, que a cota de destinação desses recursos para as comunidades indígenas, seja feita também pelos estados e municípios, para termos uma política nacional de culturas indígenas. O país ainda tem que reconhecer esses direitos e nós vamos lutar para que eles sejam exercidos e usufruídos. O Brasil é terra indígena, com certeza”, completou Márcia, ao lado da idealizadora do festival, Priscila Tapajowara.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, salientou a importância da cultura para a formação da identidade. “No ano passado nós trouxemos o tema Retomando o Brasil, Aldear a Política e Demarcar Territórios. O primeiro trata de dar visibilidade para a presença indígena, enquanto o outro fala de ocupar espaços e da valorização e escuta dessa diversidade de povos do país, enquanto demarcar territórios é porque essa é a bandeira de luta primeira dos povos indígenas. É preciso demarcar territórios para se manter a identidade, para se manter a cultura viva. É por meio da cultura que a gente demonstra quem nós somos. É por isso que estamos aqui”.

Entre os destaques da programação está a Feira de Arte dos Povos Indígenas, que reúne trabalhos de 80 artistas. A agenda inclui ainda debates e rodas de conversa. No total, 35 palestrantes falarão de temas como economia ancestral e criativa e comunicação indígena e suas narrativas.

No palco montado na área externa do museu irão se apresentar artistas indígenas como Djuena Tikuna, Kaê Guajajara, Siba Puri, DJ Rapha Anacé, Tainara Takua, Brô MC’s e Grandão Vaqueiro. Os shows terão a participação de Lenine, Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro.

A abertura do evento contou ainda com a presença da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana; do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França; da deputada federal Célia Xakriabá; e do curador Marcelo Rosenbaum.

O festival tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e articulação do Centro Cultural Vale Maranhão.

Mais informações podem ser obtidas no site do festival. Clique aqui 

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Fonte: Ministério da Cultura