O Ministério da Cultura (MinC) divulgou nesta quinta-feira (11) o resultado preliminar da 2ª reunião da Comissão de Seleção do Intercâmbio Cultural. Foram aprovadas 32 propostas, sendo 83 pessoas beneficiadas, entre propostas de grupos e individuais. O objetivo é que pessoas ou grupos de todas as regiões do país possam participar de eventos fora de suas localidades, contribuindo para a difusão cultural e artística em âmbito nacional e internacional.

A diretora de Fomento Direto do MinC, Teresa Cristina Azevedo, diz que a cultura está em toda parte e é transversal. “Estamos concluindo o segundo processo de seleção e já identificamos muitas iniciativas que promovem essas trocas. O que pretendemos com esse programa é estimular os encontros e conexões entre as pessoas e expressões culturais de todas as regiões brasileiras, para difundir a cultura e, assim, potencializar a criação de redes, a troca de conhecimentos e experiências. A ideia é estimular a visibilidade de grupos e territórios e contribuir para seu reconhecimento. Por isso todas as linguagens e manifestações culturais são acolhidas”.

Nesta seleção são 16 destinos internacionais e 13 nacionais. Entre os itinerários internacionais, estão Cidade do México, no México; Praga, na República Tcheca; Lisboa, Portugal; e Port-au-Prince, no Haiti. No Brasil, as cidades de Xapuri, no Acre; Banzaê, na Bahia; e Vila Velha, no Espírito Santo, compõem a lista de destinos.

Na região Norte foram 12 propostas aprovadas e três reservas; no Nordeste, dois aprovados e 14 para cadastro de reserva; no Sudeste quatro classificados e 56 em cadastro de reserva; no Centro Oeste, 10 classificados e sete cadastros de reserva; Já no no Sul, quatro classificados e 10 reservas.

Andréia Oliveira, de Salvador (BA), irá com o seu grupo de dança Tabephe Produções, selecionado por cota para pessoas negras, em 2 de maio de 2024, para o evento Serpentear da Kalunga, em Luanda, Angola. O projeto pretende promover o Intercâmbio Artístico Cultural Internacional entre dançarinas, artistas, produtoras, brasileiras e africanas junto ao Instituto Guimarães Rosa do local.

“Recebemos com muita alegria a aprovação do nosso projeto de intercâmbio cultural. Nossas expectativas são as melhores, aproximar cada vez mais artistas africanos e brasileiros, encruzilhar as culturas afro-pindorâmicas, sempre enfatizando os povos da terra, os povos indígenas e as influências que estão presentes no nosso cotidiano. Então dentro de processo de criação, processo educativo e científico é imprescindível estarmos mergulhadas, serpenteadas por nossa cultura, que é o vigor, é a saúde para o nosso sistema imunológico”, avalia Andréia.

O programa pretende ser uma ferramenta de estímulo à participação e ao protagonismo de agentes culturais e equipes compostas de forma representativa por pessoas negras, pessoas indígenas e pessoas com deficiência.

Confira o edital aqui.

 

Fonte: Ministério da Cultura