Após enfrentar uma das maiores crises de sua história, o setor cinematográfico brasileiro celebra um marco histórico: o recorde de 3.509 salas de cinema em funcionamento no país. Este número, divulgado pela Ancine em 1° de janeiro de 2025, supera as 3.478 salas registradas em 2019, antes da pandemia de Covid-19, que resultou no fechamento de quase metade das salas de cinema em 2020.
Com o apoio de linhas de crédito do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o setor iniciou a recuperação, impulsionando a abertura de novas salas em municípios do interior e periferias urbanas. Esse crescimento reflete um compromisso com a descentralização do acesso ao audiovisual e a inclusão cultural, com soluções de acessibilidade, alcançando pessoas com deficiência visual e auditiva.
Cidades como Monte Carmelo e Ponte Nova, em Minas Gerais, e Miracema, no Rio de Janeiro, ganharam suas primeiras salas, enquanto Viçosa, em Alagoas, celebrou a reabertura de um cinema que estava fechado há 30 anos.
O impacto vai além do aumento de números: as novas salas tornaram o cinema acessível a públicos historicamente excluídos.“O Brasil precisa manter e ampliar suas telas. Esse é o compromisso da Secretaria do Audiovisual com a distribuição e exibição cinematográfica desse país. O cinema gera encontros, emprego, renda, e conhecimento da população com a arte produzida aqui”, destacou Joelma Gonzaga, secretária da SAV.
Além disso, o público brasileiro demonstrou maior interesse pelo cinema nacional. Em 2024, o número de espectadores de produções brasileiras dobrou em relação ao ano anterior, com destaque para o filme Ainda Estou Aqui, estrelado por Fernanda Torres, que conquistou o Globo de Ouro de Melhor Atriz. A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro reflete o crescente prestígio do cinema brasileiro, impulsionado por uma maior presença nas telas e pelo fortalecimento da produção nacional. Ainda segundo os dados da Ancine, 121,08 milhões de pessoas frequentaram as salas de cinema no último ano, também fruto das políticas de incentivo à reabertura e ampliação do alcance.
O MinC segue trabalhando para garantir que esse crescimento continue, priorizando políticas públicas que incentivem a descentralização, a acessibilidade e a valorização do cinema como ferramenta de inclusão e cidadania. Com o fortalecimento do audiovisual nacional, o Brasil reafirma seu compromisso com a cultura como um direito de todos, celebrando histórias que conectam o país de norte a sul e projetam suas vozes para o mundo.
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Fonte: Ministério da Cultura