Conhecida como a capital do rock na década de 1980, BrasÃlia deixou de ser lembrada no cenário cultural apenas pelo sucesso das bandas Legião Urbana e Capital Inicial.Â
Todos os domingos, o grupo brasiliense Choro Livre se reúne no Eixão Norte, uma das principais avenidas da cidade, para tocar os clássicos do ritmo brasileiro. Conhecido como Eixão do Lazer, a avenida é fechada para carros aos domingos, quando a população aproveita para fazer caminhadas, andar de bicicleta e participar de eventos culturais.Â
Para comemorar o aniversário de BrasÃlia, o grupo reuniu convidados em mais uma edição do Choro no Eixo. O evento teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional de BrasÃlia, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Enquanto ouvia os clássicos do choro, o público apreciava as barracas de comidas e buscava as sombras das árvores para fugir do calor de aproximadamente 27°C.
Reunidos em roda comandada pelo cavaquista Márcio Marinho, os artistas receberam convidados e tocaram canções próprias e clássicos do choro.
Marinho afirmou que o objetivo do Choro no Eixo é levar a cultura para a população. “A gente continua fomentando esse projeto. É sempre importante mobilizar a cultura popular brasileira, porque ela está sempre em transformação. O que estamos fazendo aqui é história, transformando a cultura brasileira”, acrescentou.
Durante o evento, a Articulação dos Povos IndÃgenas (Apib) aproveitou para mobilizar a população a se posicionar contra o marco temporal de suas terras. Uma barraca foi montada para distribuição de panfletos destinados à  conscientização sobre a causa indÃgena. Cerca de 8 mil indÃgenas estão mobilizados em BrasÃlia para 20° Acampamento Terra Livre, cujas atividades começam nesta segunda-feira (22).Â
“Simbolicamente, se juntam os povos indÃgenas e o choro, sÃmbolo da cultura brasileira, para fazer uma luta pela democracia, pela sociedade e pelos povos indÃgenas”, afirmou Kleber Karipuna, representante da Apib.
O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e ArtÃstico Nacional (Iphan), Leandro Grass, também participou do evento e lembrou que o órgão reconheceu neste ano o choro como patrimônio cultural imaterial do paÃs.Â
“Agora a gente vai para as escolas, para as praças, ruas e todos os lugares”, completou.
Fonte: Agência Brasil