Cerca de 28% da composição do Conselho de Ética da Câmara é representada por deputados que respondem a processos como réus no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com levantamento feito pelo Destak, os principais crimes pelos quais os parlamentares são acusados são atos contrários à Lei de Licitações e fraudes eleitorais.

Nesta quarta-feira (2), o colegiado se encontra para apreciar, discutir e votar os relatórios preliminares sobre os processos contra João Rodrigues (PSD-SC) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) por quebra de decoro.

No caso de João Rodrigues, a Rede questiona a manifestação da Procuradoria-Geral da República, que defendeu a prisão do deputado por crime de fraude e dispensa irregular de licitação.

Enquanto isso, Wyllys terá que explicar o teor das respostas dadas em uma entrevista. À época, ao ser indagado sobre o que faria se o mundo tivesse data para acabar, o deputado respondeu que consumiria todas as drogas ilícitas do mundo. Ato que o deputado Laerte Bessa (PR-DF) entendeu como apologia às drogas.

A quantidade de processos arquivados também é recorde. Desde 2015, dos 24 processos que tramitaram, apenas dois resultaram em penalidades. Uma delas foi a que determinou a cassação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A outra, foi uma censura por escrito a Jean Wyllys.

Este ano, oito representações tramitam no conselho. Duas delas já receberam parecer pelo arquivamento: uma relacionada à deputada Erika Kokay (PT-DF) e outra ao líder do PSOL na Casa, Ivan Valente (SP).


  • Fonte: Destack Política