A bailarina Renata foi consagrada a grande campeã do Big Brother Brasil 25 na noite desta terça-feira (22), levando para casa o prêmio de R$ 2,92 milhões. Carismática e emocionalmente estável durante os três meses de confinamento, Renata foi celebrada como exemplo de equilíbrio e sensibilidade. No entanto, sua vitória não veio sem ruídos — e o nome de Guilherme ecoou forte nas redes sociais.

O pernambucano Guilherme terminou o programa como vice-campeão, com expressivos 43,38% na média dos votos, sendo que venceu no sistema de voto único por CPF, que permite apenas uma votação por pessoa. Já João Pedro, o terceiro finalista, teve apenas 4,72% dos votos totais.

A diferença apertada entre Renata e Guilherme  especialmente diante da vitória dele no formato considerado mais representativo da população, gerou revolta em parte da audiência. Um post amplamente compartilhado resume bem o desconforto: “Guilherme pode ser considerado o Campeão do Povo? Ganhou com folga no voto único, Guilherme, o segundo colocado, venceu com folga no sistema de voto único por CPF  formato visto como o reflexo mais legítimo da vontade popular, já que permite apenas um voto por pessoa. A diferença entre esse resultado e o final oficial reacendeu o debate sobre a justiça do modelo híbrido de votação da TV Globo, que também contabiliza votos ilimitados feitos por torcidas organizadas, que reflete de maneira mais fiel a preferência popular. #BBB25”.

Outro fator que impulsionou Guilherme foi o engajamento regional. O brother contou com mobilização intensa de artistas, influenciadores e figuras públicas de Pernambuco, que promoveram sua imagem e garantiram ampla visibilidade durante a fase decisiva do reality. A força da campanha nordestina colocou Guilherme em evidência e deve abrir portas para uma carreira publicitária sólida nos próximos meses.

Mesmo sem o prêmio, Guilherme sai do programa como um dos nomes mais comentados da edição que celebrou as bodas de prata do reality show. Sua força no voto único e o apoio espontâneo que conquistou pelo país, especialmente no Nordeste, reforçam sua imagem como o “campeão moral” de uma temporada marcada pela divisão de opiniões — e pela força da internet na construção de narrativas.

Enquanto Renata celebra seu merecido título, a Globo já sente a pressão para rever o sistema de votação do programa. Afinal, quando o segundo lugar é o mais votado individualmente, talvez o jogo não esteja tão limpo quanto parece.

Cris Oliveira