A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (9), o uso do medicamento Mounjaro (tirzepatida) para o tratamento da obesidade associada a pelo menos uma comorbidade no Brasil. A medicação, que já era liberada no país para o tratamento de diabetes tipo 2, agora passa a ser uma nova alternativa para pacientes que enfrentam dificuldades no controle de peso.

Concorrente direto do Ozempic, o Mounjaro atua no controle da glicemia e na redução do apetite, sendo a primeira medicação aprovada a agir simultaneamente em dois hormônios relacionados à saciedade: o GIP e o GLP-1. A aplicação é feita semanalmente por meio de uma caneta injetável.

Preços e disponibilidade

O medicamento será vendido em duas dosagens: 2,5 mg e 5 mg, ambas em caixas com quatro canetas. Veja os preços:

🔹 Versão 2,5 mg
– R$ 1.406,75 (e-commerce)
– R$ 1.506,76 (loja física com programa da fabricante Lilly)
– R$ 1.907,29 (fora do programa)

🔹 Versão 5 mg
– R$ 1.759,64 (e-commerce)
– R$ 1.859,65 (loja física com programa da fabricante Lilly)
– R$ 2.384,34 (fora do programa)

A fabricante do medicamento é a farmacêutica Lilly, que disponibiliza um programa para facilitar o acesso ao tratamento, com descontos em farmácias físicas.

Nova ferramenta no combate à obesidade

A aprovação do Mounjaro representa um avanço importante no enfrentamento da obesidade no país, principalmente para pacientes com outras doenças associadas, como hipertensão, dislipidemia e apneia do sono. A possibilidade de um tratamento mais eficaz, aliado ao controle do diabetes, amplia as estratégias de cuidado e pode significar melhora na qualidade de vida de muitos brasileiros.

E o custo?

Apesar do avanço terapêutico, o alto custo do medicamento ainda é um fator que pode limitar o acesso para grande parte da população. O debate sobre inclusão no SUS ou nos planos de saúde já começa a ganhar força nas redes.