A pele é o maior órgão dos pets e funciona como uma barreira de proteção contra agentes químicos, físicos e microbiológicos (bactérias, fungos, ácaros e vírus). Quando essa barreira de proteção está forte e bem estruturada, os desafios ambientais presentes no dia a dia do pet não interferem de maneira negativa na saúde e qualidade de vida do animal. Já quando a pele apresenta alguma falha na sua estrutura, os pets se tornam mais susceptíveis a dermatites e outras doenças.

A esporotricose é uma doença dermatológica comum nos felinos, causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que é facilmente encontrado no ambiente, principalmente na terra, nos troncos de árvores e plantas em geral. O fungo pode acometer os humanos e, em raríssimos casos, os cães, sendo a esporotricose considerada uma zoonose. A doença vem ganhando mais relevância em diversas regiões do país, principalmente Rio de Janeiro, Manaus e litoral e região metropolitana de São Paulo, onde os números de casos em seres humanos estão crescentes.

“Antigamente a esporotricose era conhecida como a doença da roseira, porque acometia em maior número as pessoas que trabalhavam com jardinagem e estavam mais frequentes neste ambiente propício para a proliferação do fungo”, conta a médica-veterinária Mariana Raposo, gerente de produtos da Avert Saúde Animal. “Mas, hoje em dia, a convivência dos pets com os humanos está cada vez mais íntima, e ainda é muito comum que os tutores permitam que os gatos domésticos tenham acesso livre à rua. É nessas saidinhas que a maioria dos gatos domésticos entram em contato com o fungo, que é abundante na natureza, e trazem ele para dentro do lar”.

Mas entrar em contato com o fungo não é determinante para manifestar a esporotricose. “Quando a pele do animal está integra e bem estruturada, o fungo não se prolifera e não causa efeito nenhum no pet, o problema é quando existem feridas, lesões, ou problemas dermatológicos prévios, como os animais que apresentam quadros recorrentes de dermatites que já tem uma tendência a ter essa pele mais frágil”, explica.

Os sintomas mais comuns da esporotricose nos felinos é a presença de áreas avermelhadas na pele, que aumentam de tamanho e abrem feridas que não cicatrizam mesmo quando tratadas, mas a doença pode se desenvolver de três formas diferentes:

 

Cutânea: É a forma mais superficial da doença, caracterizada pelas feridas nodulares, avermelhadas, profundas e de difícil cicatrização na pele do animal, que podem ser individuais ou múltiplas. Elas são mais frequentes na região de cabeça e nas patas, não causam dor e nem coceira.

Linfocutânea: Ocorre quando a infecção progride, formando úlceras na pele e se tornando mais profunda, atingindo o sistema linfático do animal.

Disseminada: É o estágio mais avançado da doença, onde todo o organismo do felino apresenta lesões pele e pode evoluir para a forma extra-cutânea, passando a acometer outros órgãos do animal.

 

O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames citológicos, cultura fúngica ou biópsia das lesões, e por ser uma importante zoonose, os casos positivos precisam ser relatados para a vigilância sanitária, para que exista um controle maior do fungo naquela região.

 

Esporotricose tem cura!

“A esporotricose é uma doença séria e delicada, mesmo na sua fase mais superficial, e requer um comprometimento do tutor com o tratamento, que é longo, leva meses”, Mariana comenta.

A médica veterinária conta que o tratamento normalmente é feito com o uso de antifúngicos orais específicos contra o Sporothrix, e deve continuar por ao menos 30 dias após o desaparecimento das lesões na pele, para mitigar as chances de recidiva.

“Lesão cicatrizada não significa cura completa, por isso é importante o tutor seguir o tratamento prescrito pelo médico-veterinário direitinho, durante todo o período recomendado. Em alguns casos, dependendo da severidade das lesões, o veterinário responsável pelo caso pode associar antibióticos para combater infecções secundárias e outros adjuvantes que possam auxiliar na restauração completa da saúde da pele”, reforça.

Mariana relata que alguns estudos atuais de instituições de renome no setor de infectologia demonstram que a utilização de suplementos alimentares à base de Euglena gracilis, uma espécie de alga de água doce que tem uma alta concentração de beta-glucanas em sua composição, têm tido ótimos resultados como suporte no tratamento da doença. A suplementação não substitui a medicação tradicional para eliminar o problema, mas a associação da medicação com a suplementação da alga Euglena gracilis favorece o processo de cicatrização das feridas características da esporotricose.

Além de atuar ativamente no processo de cicatrização das lesões de pele, a Euglena gracilis auxilia no equilíbrio do sistema imunológico dos pets e no fortalecimento da barreira cutânea, podendo ser utilizado por todos os animais em qualquer fase da vida que apresentem algum tipo de dermatopatia, incluindo alergias como dermatite atópica.

“Importante lembrar que a esporotricose é uma zoonose, ou seja, ela também atinge outros animais e os humanos. Por isso, os tutores de animais positivos para a doença precisam estar atentos também às lesões de pele neles mesmos e buscar ajuda profissional caso tenha alguma ferida suspeita ou que demore para cicatrizar. A saúde e o bem-estar dos pets e tutores andam juntas, especialmente quando falamos de zoonoses”, finaliza.

 

 

Sobre a Avert Saúde Animal

Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse: www.avertsaudeanimal.com.br