Uma visita especial animou a tarde desta terça-feira (03) no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). A dupla de cães terapeutas Lua e Paçoca, dois Golden Retrievers experientes em Terapia Assistida por Animais (TAA), percorreu os leitos da instituição e conquistou pacientes, acompanhantes e funcionários.

A ação acontece pela primeira vez no Instituto e é resultado da parceria entre o Serviço de Voluntariado do INTO e o projeto TEAcolhe, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que, entre diversas atividades, promove visitas terapêuticas em escolas, clínicas e hospitais, proporcionando momentos de alegria e conforto por meio da interação com cães e outros animais.

“A ideia é que, nesse projeto piloto aqui no INTO, as visitas sejam realizadas a cada 15 dias nos setores de enfermarias, alternando também com o ambulatório. E, dependendo da demanda e da quantidade de voluntários e de animais, nossa intenção é expandir para outros setores”, explicou o coordenador do projeto TEAcolhe, Alexandre Belo.

Para a pequena Marcela, de 14 anos, internada há duas semanas no Instituto para a realização de uma cirurgia no braço após um acidente de trânsito, a visita da cachorrinha Lua foi uma distração bem-vinda. “Eu vou entrar em cirurgia daqui a pouco. Foi bom ter a companhia da Lua para me distrair. Lembrei até da minha cachorrinha Mayla, uma pinscher”, contou Marcela.

Não foram apenas as crianças que se emocionaram com a presença dos cães. A professora Ana Paula, de 26 anos, de Minas Gerais, que está internada após realizar uma biópsia óssea no pé, não conteve a emoção ao encontrar Paçoca. “Como eu não sou do Rio, estou aqui no hospital sozinha. Então, ter esse acolhimento, esse carinho, acaba emocionando a gente”, relatou.

A presença dos cães terapeutas tem como objetivo reduzir os impactos emocionais provocados pela hospitalização, ampliando o bem-estar para além da assistência médica.

“Uma cirurgia ortopédica, por exemplo, demanda um tempo de recuperação maior e acaba prolongando o período de internação dos pacientes. Essa interação com os cãezinhos traz momentos de descontração e alegria que auxiliam na recuperação desses pacientes”, explica a enfermeira responsável pelo Serviço de Voluntariado do INTO, Viviane Carius.